Ambulante de 91 anos morta atropelada deixa legado de sorrisos para colegas e clientes do Centro
Conheça a história da idosa que desafiou a idade e as dificuldades, mantendo-se ativa e sorridente até seus últimos dias
Da Redação –
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A região central de Campo Grande amanheceu sem saber o que tinha acontecido com a vendedora ambulante Maria Mirtes, de 91 anos, que mesmo aposentada não parava de trabalhar e o seu local de trabalho estava vazio nesta manhã. Devido a um atropelamento, ela não resistiu e morreu no hospital horas depois, o acidente aconteceu na manhã desta quarta-feira (17).
Mesmo com as dificuldades, ela sempre trabalhava com o sorriso. Conhecida por sua alegria, Maria deixou seu local de trabalho vazio, mas sua memória será eternamente cheia de exemplos de perseverança.
Coincidência ou não, o Jornal Midiamax registrou uma das últimas fotografias de Maria no último dia 8 de janeiro, enquanto fazia uma reportagem sobre o calor no Centro da cidade. Sorridente, como sempre, Maria permitiu ser fotografada.
Amiga de longa data, uma colega que compartilhou mais de 30 anos de trabalho e amizade com Maria Mirtes descreveu-a como uma pessoa extremamente trabalhadora. “Ela era como uma irmã de sangue para mim, viajamos juntas para a cidade de Aparecida no interior de São Paulo. Gostava da simplicidade dela, uma pessoa bem simples que gostava de conversar”, afirmou emocionada.
Outros conhecidos destacaram a dedicação incansável de Maria ao trabalho. Uma vendedora ambulante, que a considerava como sua avó, revelou: “Ela não largava o serviço por nada, era uma pessoa muito extrovertida. Vai bater uma tristeza olhar para o local onde ela ficava todos os dias”.
Os relatos de diversos trabalhadores da região ressaltam a força de Maria Mirtes, mesmo em seus dias mais frágeis. “Ela nos deixou um exemplo bacana de não desistir. Por mais que estivesse fraca, era muito forte”, comentou uma pessoa que preferiu não se identificar.
A ausência de Maria já é sentida por todos. Uma trabalhadora recorda o momento em que abriu a loja e não encontrou a presença habitual de Maria Mirtes: “Cadê dona Mirtes que não veio hoje, ela faltou hoje?” Todas as lojas ajudavam Maria de alguma forma, uma demonstração de solidariedade que ela retribuía com um sorriso genuíno.
Maria Mirtes, aos 91 anos, deixa não apenas saudades, mas um exemplo inspirador de trabalho, resiliência e a certeza de que, independente da idade, é possível manter o espírito alegre e a disposição para enfrentar os desafios da vida.
(Texto: Rafael Dias, Jornal Midiamax)
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