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Cotidiano

Alçapão de ônibus ‘voa’ e passageiros usam guarda-chuva para não se molhar: ‘não vale R$ 4,75’

Situação expõe precariedade dos serviços prestados pelo Consórcio Guaicurus, que mantém ônibus antigos nas ruas
Lucas Caxito -
Problema em peça de emergência provocou revolta em passageiros. (Reprodução, Fala Povo)

O alçapão de emergência de um ônibus da linha 110 (Parque do Sol/Terminal Aero Rancho) se desprendeu do teto do coletivo na tarde dessa quinta-feira (21). Com a peça fora do lugar, a chuva que atingiu Campo Grande invadiu a parte interna do ônibus. O cenário inusitado causou revolta e obrigou os usuários do transporte a abrirem guarda-chuvas dentro do veículo.

A situação evidencia a precariedade do serviço prestado pelo Consórcio Guaicurus, que é alvo de reclamações diárias de passageiros por problemas como ônibus velhos e sem manutenção, atrasos e superlotação. O Consórcio mantém ônibus antigos com 12 anos nas ruas, quando a idade ‘limite’ dos veículos não pode ultrapassar 5 anos, conforme contrato de concessão.

Recentemente, o valor da passagem passou de R$ 4,65 para R$ 4,75 após as empresas de ônibus entrarem na Justiça alegando ‘desequilíbrio financeiro’, apesar de perícia judicial ter revelado que o Consórcio lucrou R$ 68 milhões em 7 anos de concessão.

A diarista Matildes Dias Nunes, de 55 anos, é moradora do Parque do Sol. Ela conta ao Jornal Midiamax que estava voltando do trabalho no momento em que a tampa se desprendeu do coletivo. Segundo Matildes, problemas com os ônibus da linha 110 são comuns e o serviço realizado pelo Consórcio Guaicurus não justifica o preço de R$ 4,75 da passagem.

“Eu pego o ônibus de madrugada todos os dias, são sempre superlotados e os fiscais não têm educação. Esses dias precisei falar com um fiscal, ele disse ‘não estou nem aí, se vocês reclamarem vai piorar’. Pagar R$ 4,75 todos os dias e não ter um ônibus adequado é horrível, molhou tudo aqui dentro, os terminais e os ônibus são abandonados”, disse.

A diarista ressaltou também a importância da população cobrar pela melhoria do serviço e revelou temer ficar sem trabalho em razão do alto custo do passe de ônibus. “Temos que tomar atitude e reclamar mesmo, a gente paga muito caro. Daqui a pouco os patrões não terão condições de pagar o nosso passe e é perigoso ficarmos sem emprego. É uma calamidade, estamos revoltados”, protestou.

Ônibus está em manutenção

Em nota, o Consórcio Guaicurus lamentou o transtorno e informou que a tampa do alçapão danificou em razão da falta de poda das árvores que esbarram constantemente no veículo durante a linha. O coletivo encontra-se recolhido para reparos e um veículo reserva está em operação para atender à demanda do percurso.

Já a Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito de Campo Grande) informou que enviará uma equipe de fiscalização para checar as condições do veículo. O órgão reforçou que o veículo está em manutenção.

Temporal que causou estragos em MS teve ventos de 100 km/h e 77 milímetros de chuva

A frente fria chegou a Mato Grosso do Sul na tarde de quinta-feira (21), com rajadas de vento que chegaram a 100 km/h, chuva e estragos em várias cidades. A temperatura despencou mais de 10°C em menos de 24 horas e a previsão é de mais chuva.

Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), em Iguatemi a rajada de vento chegou a 100,4 km/h. Em Bonito, houve rajada de 96,48 km/h, em Ivinhema de 89 km/h e registrou 87 km/h.

A ventania também foi forte em Campo Grande, Dourados, Laguna Carapã, e Itaquiraí. O maior volume de chuva foi em Chapadão do Sul, sendo 77 milímetros, seguido de Corumbá e Camapuã com 66 mm.

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