O abandono de uma vila de kitnets na Rua Dr. João Pires, no bairro Amambaí, em Campo Grande, se tornou dor de cabeça para a vizinhança, com acúmulo de lixo, focos de dengue e abrigo para usuários de drogas.

Uma vizinha, que preferiu não se identificar, disse que o local foi desativado há cerca de dois anos, quando o proprietário teria deixado de regularizar a manutenção e limpeza. Ela relata que as pessoas em situação de rua que ficavam na antiga rodoviária migraram para o terreno para utilizar como esconderijo e uso de drogas.

As casas teriam sido depenadas, com furto de telhas, janelas, portas e até o portão, restando apenas a construção de alvenaria. “Depenaram em poucos dias. Agora é um ‘entra e sai' de usuários”, diz a moradora.

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Lixo acumulado e água parada são criadouros para o da dengue (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O espaço, ainda, virou ponto de descarte e muito lixo, além do matagal. A reportagem encontrou diversos tipos de embalagens, desde garrafa de vidro a recipientes com água, foco do mosquito da dengue. O se estende do interior do terreno a calçada.

“A gente fica com medo, com sentimento de insegurança. Um dos medos é por conta dos carros que precisam estacionar na frente. Infelizmente, é uma situação que não temos controle. Vai fazer o quê? Semana passada teve um tumulto e chegou a polícia, mas eles voltam”.

Em nota, a (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) informou que encaminhará fiscalização no local citado quanto ao acúmulo de resíduos na calçada e limpeza do terreno, e orienta que o cidadão denuncie casos através da Central de Atendimento 156, para que a denúncia seja formalizada e encaminhada ao setor responsável pela fiscalização.

Clayton Neves e Karina Campos

Lixo na calçada (Nathalia Alcântara, Midiamax)