Sem forças para carregar sozinha, os gritos de socorro de uma mãe chocaram pacientes que esperavam na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Universitário, em Campo Grande, na manhã desta terça-feira (5), após o filho desmaiar de dor no carro. A mulher corre com uma cadeira de rodas na tentativa de pegar o filho por conta própria.

Desde a última sexta-feira (1º), mãe e filho, de 40 e 58 anos, respectivamente, vivenciam idas ao posto de saúde após uma hérnia descer para bolsa escrotal. Preferindo o anonimato, ela conta que eles aguardaram por horas, até dormiram no banco do CRS (Centro Regional de Saúde) Tiradentes. Ele tomou soro na veia e foi liberado. Entretanto, a dor teve mais intensidade nesta manhã.

“Chamei o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas disseram estar na fila, pois não tinha ambulância. Ele estava com muita dor, com o saco escrotal do tamanho de uma bola, ele ficava deitado com bolsa de água quente para tentar amenizar a dor. Falava com o Samu com ele gritando de dor no fundo, eles ouviam”.

Ao ver tamanha dor e situação da hérnia, a mãe levou o rapaz até a UPA, chegou na recepção pedindo para retirar o filho do veículo e acompanhar até a unidade, mas teria sido alertada que teria que buscar o homem.

“Tem que morrer na frente deles [servidores]? Foi desumano. Sai correndo com a cadeira de rodas. Me falaram que tinham que trazê-lo e deixar ele sentado, falei que não tinha condições, eu não aguentaria, ele tem quase dois metros. Sou uma pessoa calma, mas quando vi ele desmaiado e o cara apareceu com uma cadeira de rodas e encontrou num canto, vim correndo e gritando, pedindo ajuda. Foi quando o povo correu atrás de mim, nós que trouxemos”, descreve.

Nas imagens, pacientes correram até o rapaz que está inconsciente. Dois homens conseguem colocá-lo na cadeira de rodas até a recepção. A mãe diz que há diagnósticos, mas aguarda novos exames pelo SUS (Sistema Único de Saúde), um deles marcado apenas para o dia 18 de setembro.

Confira o vídeo:

O que diz a Sesau

Em nota, a Sesau informa que “o paciente em questão chegou à unidade de saúde por meios próprios, com a mãe já pedindo por ajuda na entrada da unidade. No local a mulher questionava a respeito do socorro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, mas, ao verificar as ligações recebidas, não foi encontrada nenhuma solicitação para socorro do paciente em questão. Ele foi prontamente atendido, na unidade de saúde, sendo feito o acolhimento, inclusive, da mãe do paciente, que foi atendida pela assistente social e pela gerente da unidade”.

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