Quem passa diariamente pelo cruzamento das ruas Eça de Queiroz e 13 de Maio, em Campo Grande, já tem em mente que é preciso ter paciência. Para motoristas, motociclistas e principalmente pedestres, o fluxo intenso de veículos, a via estreita e a falta de semáforo fazem com que o trecho seja motivo de dor de cabeça para quem não tem outra opção a não ser circular pela área. 

Principal ponto de acesso ao Centro para quem sai da Vila Planalto, o cruzamento não tem semáforo e esse é o principal fator problema. Por conta disso, quem sai da Rua Eça de Queiroz precisa respeitar faixa preferencial e aguardar fluxo intenso das ruas 13 de Maio e João Pessoa. O resultado é fila de veículos que se estende pela via, ‘buzinaços’ e muito desrespeito às normas de trânsito.

O Jornal Midiamax esteve no local na manhã desta terça-feira (19) e notou que a travessia é perigosa. Para acelerar a entrada na Rua 13 de Maio, muitos motoristas e principalmente motociclistas se arriscam em manobras perigosas e até param em cima da faixa de pedestres, tomando por completo o espaço de segurança destinado para quem está a pé. 

“Eu passo aqui sempre pela manhã e é muito ruim para passar por causa do fluxo. É uma situação que dá medo”, comenta a pedestre Luciana Marques. Próximo ao local existe uma escola da rede estadual, o que deixa a situação ainda mais crítica por conta da passagem de estudantes.

Segundo o entregador Júlio César, o trânsito bagunçado já faz parte do cotidiano de quem mora e trabalha na região. “É bem tumultuado e sempre foi assim, quem não consegue ir por uma rota alternativa tem que sair mais cedo de casa. A coisa fica pior nos horários de pico, às 6h e 11h, já às 18h é trágico porque todo mundo está saindo ao mesmo tempo”, comentou.

O trabalhador diz já ter presenciado diversos acidentes no entorno. “O pessoal não respeita, recentemente um motociclista foi atropelado”, finaliza. 

No aplicativo Google Maps, que traça as rotas do trânsito da cidade, a extensão da Rua Eça de Queiroz, passando pela 14 de Julho e 13 de Maio, aparece como pontos vermelhos da cidade, ou seja, com alto fluxo de trânsito, congestionamento e tempo alto de espera para travessia. 

“Essa situação só vai piorar porque estão construindo um novo condomínio aqui perto onde terão mais mil apartamentos, ou seja, mais carros vão passar por aqui e o trânsito vai ficar ainda mais doido. O espaço da rua é curto, poderia se tornar mão única e o semáforo também ajudaria”, sugere o comerciante Luciano Ferreira Sandim. Há três anos no local, ele conta que também já presenciou acidentes.

O Jornal Midiamax entrou em contato com a Prefeitura de Campo Grande questionando sobre a situação e aguarda posicionamento.