Um ônibus com a torcida organizada do Corinthians capotou na rodovia Fernão Dias, na cidade de Igarapé, em Minas Gerais, matando sete pessoas no último domingo (20). A tragédia une torcedores que vivem rotina de viagens para torcer pelo time. O Nove Subsede Campo Grande, torcida organizada do Corinthians na Capital, lamentou a morte e se solidarizou com familiares.

Segundo o filiado Davi Candido, desta vez, torcedores de Campo Grande não viajaram para Taubaté, em São Paulo, de onde sairiam rumo ao Mineirão, em Belo Horizonte, para acompanhar a partida contra o Cruzeiro, no Mineirão. Ele conta que, geralmente, os ônibus partem da Capital com 44 pessoas.

“Sabemos que quando viajamos corremos risco. São muitos acidentes em nossas rodovias, estradas ruins e viagens longas que podem ser alguns fatores de riscos. Graças a Deus, nunca passamos por algo parecido. Uma tragédia dessa, todos nós que vive esse mundo de torcida, incluindo torcidas rivais, sentimos a dor por que é a nossa realidade, viajar em caravanas com único propósito, somente em apoiar o time do coração e voltar todos bem para casa”, descreve.

Alfredo Mendes explica que a torcida regional freta há 13 anos a mesma frota de coletivos ou van para jogos. O veículo é escolhido conforme a quantidade de ingresso vendido, por exemplo, em média viajam de van 29 pessoas e 44 de ônibus.

“O único incidente que tivemos de susto aconteceu há muito tempo num trecho de Três Lagoas, quando o motorista bateu em um canteiro, mas não aconteceu nada grave. Estávamos voltando de São Paulo. Nós não conhecíamos as vítimas, mas com certeza de vista de conversar conhecíamos, todos nos reunimos, aglomeramos em dias de jogos. Nós vamos ver [o jogo] por amor, poderia ser com a gente, estamos sujeitos a isso”.

O Pavilhão Nove divulgou um comunicado de solidariedade e a disponibilidade de ajudar qualquer filiado dos Gaviões da Fiel e da Coringão Chopp. Ao todo, cerca de 43 torcedores eram passageiros.

De acordo com a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), a viagem era irregular, o ônibus não tinha registro, nem autorização da agência responsável pela fiscalização do setor.