Tamanho da família sul-mato-grossense diminui e casas já têm menos de 3 pessoas

Neste dia da Família, confira raio-x das casas de Mato Grosso do Sul

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Condomínio Minha Casa Minha Vida no Aero Rancho. (Reprodução, Agehab)

Você tem impressão que as famílias de Mato Grosso do Sul estão diminuindo? De acordo com os resultados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), na prática, este fenômeno já está acontecendo por aqui, assim como em todo o país.

O movimento segue uma tendência relacionada com o perfil das famílias, que segundo o levantamento do instituto, têm se tornado menos corriqueiro de seguirem o modelo tradicional de residências com casais e filhos.

Neste sábado (9), quando é comemorado o Dia da Família, o Jornal Midiamax traz um raio-x com detalhes do perfil das famílias sul-mato-grossenses.

Domicílios brasileiros

Os domicílios brasileiros têm, na média, menos de três pessoas por casa, com 2,79 moradores por residência. Em 2010, quando foi realizado o penúltimo Censo, eram 3,31. O índice de 2022 retrata a menor média registrada desde o Censo de 1980, ano do primeiro levantamento.

Em Mato Grosso do Sul o cenário se repete, e a média do Estado se equipara à nacional, com 2,79 moradores por residência. Por estados, o índice sul-mato-grossense representa a 18ª maior colocação, e por capitais, Campo Grande fica no 17º ranking com mais pessoas por casa, com 2,74 pessoas.

Apesar da redução do número de pessoas por domicílio na média do país, vale destacar o registro de uma desigualdade regional na análise dos resultados do Censo. A maior do Brasil foi registrada no Norte, na cidade do Amazonas, com 3,64 pessoas por lar. Já a menor está no Sul, com 2,54 pessoas no Rio Grande do Sul. Entre as capitais, destacam-se Porto Alegre, com apenas 2,37, o menor número; contra 3,56 em Macapá, o maior.

Cenário local

Em Mato Grosso do Sul, o município de Paranhos, distante 389 quilômetros de Campo Grande, foi o que apresentou a maior média de moradores por domicílios, com 3,5 pessoas. A cidade é uma região de aldeias indígenas, o que evidencia a relação entre o baixo poder aquisitivo de um município com uma maior tendência de pessoas morando na mesma casa.

Na outra ponta, com o menor índice, está o município de Camapuã, distante 119 quilômetros da Capital, com 2,49 pessoas por domicílio. Em Campo Grande, a média bate 2,74 moradores, para cada domicílio, o que representa a 47ª colocação da Capital entre os 79 municípios do estado.

Confira a lista completa dos municípios de Mato Grosso do Sul e as médias de moradores por domicílio no Estado:

  1. Paranhos 3,50
  2. Ladário 3,36
  3. Tacuru 3,33
  4. Japorã 3,27
  5. Miranda 3,23
  6. Coronel Sapucaia 3,17
  7. Porto Murtinho 3,16
  8. Corumbá 3,16
  9. Aral Moreira 3,16
  10. Ponta Porã 3,00
  11. Sete Quedas 2,99
  12. Água Clara 2,97
  13. Bela Vista 2,97
  14. Ribas do Rio Pardo 2,95
  15. Antônio João 2,93
  16. Caracol 2,93
  17. Aquidauana 2,92
  18. Dois Irmãos do Buriti 2,92
  19. itaporã 2,89
  20. Laguna Carapã 2,89
  21. Caarapó 2,86
  22. Amambai 2,86
  23. Jardim 2,85
  24. Maracaju 2,85
  25. Nioaque 2,84
  26. Jateí 2,84
  27. Sidrolândia 2,84
  28. Bonito 2,83
  29. Rio Brilhante 2,83
  30. Chapadão do Sul 2,82
  31. Anastácio 2,81
  32. Dourados 2,81
  33. Paraíso das Águas 2,81
  34. Juti 2,81
  35. Bodoquena 2,80
  36. Nova Alvorada do Sul 2,80
  37. Santa Rita do pardo 2,78
  38. Itaquiraí 2,78
  39. Bataguassu 2,77
  40. Douradina 2,77
  41. Batayporã 2,76
  42. Costa Rica 2,76
  43. São Gabriel do Oeste 2,76
  44. Sonora 2,76
  45. Guia Lopes da Laguna 2,76
  46. nova andradina 2,75
  47. Campo Grande 2,74
  48. Três Lagoas 2,74
  49. rio negro 2,73
  50. rochedo 2,73
  51. Iguatemi 2,72
  52. Terenos 2,72
  53. Eldorado 2,71
  54. Brasilândia 2,71
  55. Rio Verde 2,70
  56. Bandeirantes 2,70
  57. Ivinhema 2,69
  58. Naviraí 2,69
  59. Angélica 2,69
  60. Aparecida do Taboado 2,68
  61. Selvíria 2,68
  62. Mundo Novo 2,67
  63. Deodápolis 2,66
  64. Inocência 2,66
  65. Vicentina 2,64
  66. Coxim 2,63
  67. Glória de Dourados 2,63
  68. Novo Horizonte do Sul 2,63
  69. Taquarussu 2,63
  70. Fátima do Sul 2,62
  71. Anaurilândia 2,60
  72. Jaraguari 2,61
  73. Figueirão 2,59
  74. Corguinho 2,57
  75. Paranaíba 2,56
  76. Pedro Gomes 2,55
  77. Alcinópolis 2,55
  78. Cassilândia 2,51
  79. Camapuã 2,49

Tipos de domicílios em MS

Ainda segundo o Censo 2022, com 1.205.866 domicílios, Mato Grosso do Sul se destaca por ter uma taxa de 99,74% de habitações particulares, o segundo menor índice do País neste quesito. Do total de casas, 99,63% – cerca de 1.204.524 – são permanentes. Deste quantitativo, 979.540 dos domicílios estão ocupados, enquanto 224.984 estão desocupados.

As habitações particulares servem de moradia para pessoas, comumente da mesma família, possuem cômodos e também têm acesso aos serviços básicos de abastecimento de água, energia elétrica, saneamento ou coleta de lixo.

Dentre os domicílios desocupados, o estado sul-mato-grossense ocupa a oitava posição nacional, com 150.202 casa vagas e 74.782 de uso ocasional. Este número representa 6,19% do total.

Em relação aos domicílios improvisados, classificados por não possuírem condições básicas para viver – como prédios com construção inacabada e barracos – Mato Grosso do Sul tem o índice de 0,11%, a quarta maior do País, junto com Goiás.

Para que serve o Censo?

O Censo é um levantamento realizado pelo IBGE realizado a cada dez anos, é a mais ampla pesquisa sobre a população brasileira e é realizada mediante visita ou coleta de informações em todos os domicílios do país.

O levantamento é utilizado como base para a criação de políticas públicas, de critérios para repasse de recursos da União para os municípios e distribuição de vacinas. A pesquisa também é utilizada como base para pesquisas acadêmicas e eleitorais.

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