A Santa Casa de Campo Grande enfrenta um caos no atendimento com a superlotação de leitos, especialmente na área de cirurgias ortopédicas, o que tem forçado o hospital a acelerar as altas para evitar o colapso na assistência aos pacientes.
Desde o dia 3 de abril deste ano, a Santa Casa aponta dificuldades para atender a alta demanda e solicita apoio do poder público para desafogar os atendimentos.
Em nota divulgada nesta terça-feira (30), o diretor técnico, Dr. William Leite Lemos, afirmou que o hospital vive um “caos” desde a semana passada e chegou a ter quase 60 pessoas aguardando por cirurgia ortopédica no setor de pré-ortopedia.
A equipe médica foi reforçada para atender à alta demanda, mas ainda há quase 40 pacientes aguardando o procedimento.
“Na Unidade de Decisão Clínica Não-Critica (verde) tivemos mais de 70 e com muito custo e esforços intensos das equipes agora estamos em 49. Na Unidade Crítica (vermelha), tivemos 32 pacientes e chegamos a ter 2 pacientes tendo que ser ventilados manualmente pela falta de postos de atendimento com respiradores, uma vez que todos os disponíveis estavam ocupados”, afirmou.
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Ele acrescenta que somente hoje de manhã foi resolvido o problema da ventilação mecânica. “Vale lembrar que a ventilação manual deve ser o último recurso, pois expõe o paciente a riscos grandes de lesão e má-ventilação”, explica.
Além disso, o hospital afirma que pacientes foram colocados nos corredores externos e até cadeiras estão em falta. “Além do risco assistencial, a equipe está cada vez mais sobrecarregada”, diz o diretor na nota.
Assim, a Santa Casa enviou ofício à Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) e demais autoridades na manhã do dia 22 de maio para solicitar apoio para desviar o fluxo de pacientes e está acelerando as altas para “não entrar em ponto de colapso”.
Apoio foi solicitado a SUPRIS e Regulação para afastar a possibilidade de restrição total do serviço, o que é analisado pela Diretoria Técnica.
O Pronto-Socorro nesta terça-feira conta com 70 pacientes, sendo 49 na Unidade de Decisão Clínica – Não Crítica (Área Verde), com 34 internados e 15 em observação.
Na Unidade Decisão Clínica Crítica (Área Vermelha) estão 21 pacientes, sendo 20 internados (com 6 intubados).