Desde terça-feira, profissionais da Rede Municipal de Saúde de Dourados debatem alternativas voltadas para o autismo na cidade. O seminário “Autismo – Com amor e carinho as peças se encaixam” termina nesta quinta-feira (27).

A iniciativa é da Sems (Secretaria Municipal de Saúde) por meio da equipe da PAI (Policlínica de Atendimento Infantil). O público é formado por médicos, dentistas, enfermeiros, integrantes da equipe multidisciplinar, agentes comunitários e coordenadores das unidades de Dourados.

No cronograma das discussões estão ações voltadas para um diagnóstico precoce do TEA (Transtorno do Espectro Autista). Alguns sinais podem ser identificados ainda nos primeiros anos de vida, embora o diagnóstico de um profissional seja dado apenas entre os quatro e cinco anos de idade. 

“A intenção é sensibilizar os profissionais da atenção primária para esse diagnóstico, para que fiquem mais atentos aos sinais, às características do transtorno. Quando se tem um olhar mais atento, pode-se levar casos para investigação e se evita que uma pessoa chegue à idade adulta sem um diagnóstico”, explica o secretário de Saúde, Waldno Lucena.

A coordenadora da PAI, Amanda Scherer, afirma que essa troca de informação ajuda no encaminhamento e orientação das famílias para um diagnóstico precoce. “Essas crianças e até adultos com o transtorno chegam primeiro à Unidade Básica de Saúde”. 

Segundo a enfermeira Marlayne Mendes Wolf Viegas, atualmente são atendidas aproximadamente 170 pessoas diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista. Destas, entre 90 e 100 crianças passam por tratamento na Policlínica.

“Nós apresentamos também o fluxo desse atendimento na rede SUS, qual a porta de entrada dessa criança, quais serviços são encaminhados, que tipo de atendimento é prestado”, completa.