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Cotidiano

Sem vale, motoristas prometem paralisação no transporte coletivo de Campo Grande no sábado

Funcionários aguardam pagamento do vale e não descartam possibilidade de paralisação caso não tenham uma resposta do Consórcio Guaicurus
Thalya Godoy -
Campo Grande pode ter paralisação de ônibus no sábado (23). (Nathalia Alcântara, Midiamax)

Os do de podem não sair das garagens, a partir das 4h30, no próximo sábado (23). O STTCU-CG (Sindicato Dos Trabalhadores Em Transporte Coletivo Urbano De Campo Grande), estuda a possibilidade de paralisação das atividades caso o Consórcio Guaicurus não dê um posicionamento até o fim desta sexta-feira (22), sobre o pagamento do adiantamento salarial, conhecido como “vale”. 

De acordo com o presidente do STTCU-CG, Demétrio Freitas, cerca de 1,3 mil funcionários, entre motoristas e do administrativo, aguardam o pagamento do vale já atrasado há dois dias. O sindicato teria sido informado na quarta-feira (20), por meio de ofício do Consórcio Guaicurus, que não seria possível fazer o pagamento dia e que voltariam a conversar nesta sexta-feira. 

“A gente deu dois dias de prazo para o Consórcio Guaicurus fazer o pagamento. Agora, se caso não sair, é muito grande essa possibilidade de fazer uma paralisação amanhã cedinho, antes de sair o ônibus”, garante Demétrio Freitas. 

Em coletiva de imprensa, na última quinta-feira (21), o diretor operacional do Consórcio Guaicurus, Paulo Victor, disse que a empresa realizou o pagamento da 2ª parcela do 13º dos funcionários, mas o adiantamento salarial que deveria ter ocorrido, na quarta-feira (20), ainda não foi realizado.

Também foi descartada a possibilidade de atualização da frota dos veículos. “São R$ 10 milhões é o déficit da tarifa do último ano, referente a outubro de 2022 até o mês dez de 2023. Nós estamos vivendo um momento que a gente não está conseguindo pagar o salário. Então é totalmente improducente a gente falar de frota [de ônibus] num momento”, disse.

Ônibus
Tarifa de ônibus em Campo Grande custa R$ 4,65. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Resposta até o fim do dia

Demétrio afirmou que não estava sabendo da coletiva e ficou sabendo das declarações pela imprensa. Ele garante que o sindicato deve esperar uma resposta sobre o pagamento até o fim do dia. Caso não tenham uma resposta, a categoria deve se reunir ainda hoje e definir os próximos passos. 

“Se pagarem, tudo bem, bola pra frente. Caso não, vamos nos reunir no fim da tarde e decidir o que vamos fazer. Nós não vamos ficar de braços cruzados. O décimo terceiro já foi difícil para pagar de última hora e agora todo mundo faz compromisso em uma época dessa [de festas de fim de ano]”, afirma o presidente do sindicato. 

Outro ponto destacado é que o salarial dado em novembro negociado entre a categoria e a empresa saiu após acordo de aumento sem estar vinculado com a mudança da tarifa. 

“O reajuste foi em novembro e eles tentaram vincular [o reajuste] igual no ano passado com a tarifa e a gente só foi receber em março. Neste ano, a gente disse que não tinha compromisso com a tarifa, o que a gente precisa é receber”, garante. 

Reajuste da tarifa

O transporte coletivo de Campo Grande deve terminar 2023 sem o reajuste da tarifa aos usuários após audiência de conciliação entre Prefeitura de Campo Grande e Consórcio Guaicurus terminar sem acordo, na terça-feira (19).

O debate girou em torno da data para o reajuste anual da tarifa e revisão do contrato de 2012 que deveria ser feita a cada sete anos, ou seja, em 2019, mas que ainda não foi definido.

Contudo, há expectativa de aumento da tarifa depois que o Conselho de Regulação estabeleceu em 12 de dezembro a tarifa técnica em R$ 5,95, um aumento de R$ 0,15 em relação ao valor anterior. O último reajuste para a população foi em março, que estabeleceu o valor em R$ 4,65. 

A tarifa técnica representa o valor pago ao Consórcio Guaicurus, somando a tarifa paga pela população e subsídios repassados pela Prefeitura e Governo do Estado. 

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