Sem chuvas há 46 dias, julho registrou calor recorde em Campo Grande

O tempo quente e seco segue castigando os campo-grandenses. Há 46 dias sem chuvas, Campo Grande registrou uma precipitação acumulada de apenas 4,6 mm no mês de julho, valor 87 % abaixo da Norma Climatológica (1981 a 2010) de 35,7 mm. Dados do boletim meteorológico indicam que julho foi de temperaturas bem acima do esperado e chuvas abaixo da climatologia.

Dados da estação automática do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia) indicam que de janeiro a julho de 2023, houve um excedente hídrico de cerca de 250 mm, o que corresponde a 31 % acima da climatologia do período.

Apesar da longa estiagem, somente os meses de julho e maio, apresentaram desvio de chuva negativos, ou seja, entre janeiro a abril choveu acima da média na Capital.

Conforme o relatório do Inmet, foi registrado apenas um indício de precipitação em todo mês de julho, com valor de 4,6 mm em 24 horas. A precipitação ocorre quando qualquer líquido ou água congelada se forma na atmosfera e cai de volta na Terra, geralmente em forma de chuva.

Em anos anteriores, o mês costuma registrar três dias com chuva superior ou igual a 1 mm em julho.

Julho registrou temperaturas acima da média

Com média de 29,2 °C, as temperaturas máximas fecharam o mês em 1,7 °C acima do esperado, que é de 27,5 °C. A maior temperatura do mês foi de 32,2 °C, registrada no dia 27 de julho.

As temperaturas mínimas, registraram uma média de 16,9 °C e apresentaram desvio significativo, de 1,6 °C acima da Normal Climatológica, que é de 15,3°C.

A temperatura mínima do mês foi de 7,8 °C, medida no dia 14 de julho. Neste ano a menor temperatura segue sendo a registrada no mês de junho, de 5,6 °C. Em relação aos ventos, a maior rajada foi de 14,4 m/s (52 km/h), no dia 12 de julho.

Baixa umidade favorece problemas de saúde e incêndios

Na manhã desta terça-feira (1), o Inmet divulgou um alerta de baixa umidade para Campo Grande e outras 69 cidades de Mato Grosso do Sul.

O alerta de nível amarelo indica uma variação entre 30% e 20%. Conforme a OMS (Organização Mundial de Saúde), a umidade do ar ideal compreende a faixa entre 50% e 80%.

O tempo seco favorece a ocorrência de incêndios florestais e queimadas em áreas urbanas e rurais, além de aumentar os riscos à saúde e facilitar o surgimento de doenças pulmonares como tosses, crises de rinite, sinusite e incômodos respiratórios.

Para evitar problemas de saúde a recomendação é investir em cuidados básicos:

• Beba bastante líquido, mantenha o corpo hidratado mesmo sem sentir sede.
• Evite desgaste físico nas horas mais secas.
• Evite exposição ao sol nas horas mais quentes do dia.
• Lave as mãos com frequência e evite colocá-las na boca e no nariz;
• De preferência a frutas que contém mais líquidos, como melancia, melão e laranja
• Aplique soro fisiológico no nariz e nos olhos para evitar o ressecamento;
• Hidratar a pele do rosto e do corpo, pelo menos depois do banho e na hora de deitar;
• Usar chapéus e óculos escuros para proteger-se do sol;
• Crianças e idosos exigem atenção redobrada nesse período, por isso é necessário ficar atento à hidratação.