A superlotação do setor de obstetrícia da Santa Casa continua. Cinco dias após anúncio de superlotação extrema, a situação ainda é preocupante no maior hospital de Mato Grosso do Sul. Há bebês em leitos improvisados, recém-nascidos esperando leito de UTI sem previsão e gestantes aguardando atendimento.
De acordo com a Santa Casa, os 33 leitos de internação SUS na Maternidade encontram-se ocupados. Devido à lotação, no próprio Centro Obstétrico estão cinco recém-nascidos precisando de leitos de terapia intensiva neonatal e cuidados intermediários, mas sem previsão de liberação desses leitos.
Há ainda uma mãe em trabalho de parto e um binômio mãe-bebê (necessidade de estar juntos). Ainda tem uma gestante internada e três em observação, enquanto duas aguardam atendimento.
As salas de parto estão bloqueadas devido à superlotação e estão acomodando recém-nascidos. “Não há vagas disponíveis na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal e nem na Unidade de Cuidados Intermediários Convencionais (UCINCo)”, afirma a Santa Casa.
Situação recorrente na Santa Casa
Há pouco mais de um mês, a Santa Casa anunciou que não receberia mais pacientes por algumas horas por conta de superlotação nas áreas vermelha e verde, além do setor pediátrico.
Na área mais crítica do pronto-socorro, eram 24 pacientes com a capacidade de 6 leitos – 20 deles estavam aguardando vaga para enfermaria e UTI (Unidade de Terapia Intensiva), sendo 4 entubados.
Na área verde, estavam 43 pacientes num espaço feito para receber apenas 6. Na pediatria, cinco das seis crianças em estado grave estavam entubadas.
