Santa Casa alega custear psiquiatria há 7 meses e nega ter recusado verba
Ala não recebe novos pacientes desde sábado
Clayton Neves –
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A Santa Casa de Campo Grande negou que tenha recusado verba oferecida para manter o setor de psiquiatria da unidade, que parou de receber novos pacientes desde o último sábado (8) sob alegação de falta de recursos. Segundo a direção, desde dezembro de 2022 a ala é custeada com recursos próprios, sem aplicação de contrapartida do Poder Público.
Em nota enviada ontem (11), a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) disse que se propôs a pagar R$ 1,5 milhão para manter o serviço de psiquiatria até o fim do ano, porém, que a proposta havia sido recusada pela Santa Casa.
Hoje (12), o diretor técnico da Santa Casa, William Lemos, contestou a afirmação. Segundo ele, a ala foi reativada em meados de 2021 após contrato entre o hospital e as secretarias municipal e estadual de saúde. “O contrato se encerrou há mais ou menos sete ou oito meses, desde então, estamos rotineiramente em tratativas com o Poder Público para manter ativo esse serviço”, pontuou.
De acordo com ele, a proposta feita pela Sesau foi a de utilizar verba de emenda parlamentar conseguida pelo próprio hospital, e que está no fundo municipal de saúde. “Foi por iniciativa da Santa Casa que conseguimos esse recurso, não é um valor direcionado para psiquiatria, mas para atender usuários como um todo”, detalhou.
O diretor explica que todos os pacientes ainda internados serão atendidos até alta médica, no entanto, a entrada de novas pessoas não será possível. “A Santa Casa precisa atender uma diversidade enorme de pacientes e não temos condições financeiras de manter um serviço que não está sendo pago. Se estamos gastamos por um serviço que não é devidamente remunerado, outros serviços que são nossa obrigação podem ser desassistidos”, finalizou.
Portas fechadas – O setor de psiquiatria da Santa Casa está fechado desde sábado (8) e não está mais recebendo pacientes alegando falta de recursos da prefeitura de Campo Grande. Os pacientes estão sendo absorvidos pela Sesau (Secretaria Municipal de Saúde).
Em nota enviada ao Jornal Midiamax, a secretaria informou que está em tratativa com o hospital para assegurar a manutenção do serviço há dois meses, mas um consenso ainda não foi encontrado.
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