Remédios vencidos vão para lixo comum? Saiba como descartá-los corretamente
Descartar medicamentos de forma incorreta pode contaminar o solo e o lençol freático do município
Fábio Oruê –
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Já olhou a ‘farmacinha’ no armário de casa para fazer aquela limpeza e se deparou com alguns medicamentos vencidos? Depois disso, qual foi o destino deles? A destinação correta de medicamentos vencidos é uma dúvida comum. Nem todo mundo sabe, mas todo tipo de remédio precisa ser corretamente descartado, inclusive, para evitar danos ambientais e acidentes.
Em Campo Grande, os medicamentos ofertados pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e que estão fora do prazo de validade podem ser levados até uma das unidades de saúde para o descarte. Lá, os medicamentos são encaminhados conforme local adequado, como incinerador ou aterro sanitário.
Já para os medicamentos que não fazem parte do SUS, os moradores devem levá-los para farmácias e drogarias particulares, já que a responsabilidade fica com eles.
Além disso, segundo a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o descarte inadequado de medicação é considerado crime ambiental e infração ao código sanitário do município, podendo gerar multa que varia de R$ 100 a R$ 15 mil.
Vale ressaltar que o sistema de logística do descarte de medicamentos só entrou em vigor em dezembro de 2020, após 10 anos de discussão com o setor produtivo, após a instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos, em 2010.
A logística reversa, ou seja, o descarte de remédios domiciliares, teve regulamentação apenas em junho de 2020, com efeitos a partir de dezembro do mesmo ano.
Como descartar corretamente remédios vencidos?
Tanto medicamentos vencidos quanto aqueles que o paciente não vai mais usar precisam de um descarte correto. Conforme a gerente de Medicamentos e Correlatos da Diretoria de Vigilância Sanitária, Renata Moreira Ferreira, o consumidor não deve retirar o produto da embalagem primária, que é aquela que fica em contato direto com o medicamento.
No caso de líquidos, a embalagem primária é o frasco de vidro ou plástico; no comprimido, é o blister de alumínio. “O consumidor deve levar os produtos aos estabelecimentos da forma que está, não deve descaracterizar o medicamento”, disse.
De acordo com Renata, o estabelecimento precisa saber qual é o medicamento para direcionar corretamente para o descarte. Algumas substâncias, segundo ela, precisam de neutralização antes de irem para o incinerador.
Bulas e embalagens
As bulas e as embalagens secundárias, as caixas de papelão, também podem ir com os medicamentos nos pontos de coleta. Mas, segundo Renata, como não tiveram contato direto com o medicamento, podem ir para a reciclagem ou coleta seletiva, como outros produtos de papel.
Entretanto, no caso das seringas e agulhas, as legislações não preveem o recolhimento por farmácias e drogarias. Caso o paciente faça uso domiciliar desses produtos, eles devem ter como destino hospitais ou postos de saúde. A sugestão é armazená-los em garrafas pet com tampa, para evitar acidentes.
A gerente ressalta ainda que o lixo comum não é destino correto. Nem derramar em pias ou vasos sanitários, pois podem contaminar o solo e os rios – ou ainda serem encontrados no lixo e utilizados de forma indevida.
Nada de doações de remédios
Renata alerta que também não se deve fazer doações ou trocar medicamentos entre pessoas. “O medicamento também pode gerar eventos adversos e efeitos colaterais”, explica.
“Se quer fazer doação de medicamentos que continuam dentro da validade, a pessoa pode procurar um estabelecimento de saúde. Não recomendamos doar ou reutilizar em outras pessoas porque o que serviu para um não necessariamente vai servir para outros”, completa Renata.
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