Após um idoso, de 79 anos, picado por um escorpião relatar demora no atendimento na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Leblon, em Campo Grande, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) esclareceu que cabe ao profissional estabelecer a prioridade conforme o quadro momentâneo do paciente.

Ao Jornal Midiamax, o idoso disse que o acidente com o animal peçonhento ocorreu em casa, no bairro Tijuca, por volta das 9h30. Um amigo da vítima disse que o paciente não foi classificado na categoria vermelha, o que significa emergência e necessita de atendimento imediato.

“O médico acabou de me dizer que tem outras prioridades. Tem gente mais nova passando na frente. Faz uma hora isso. Ele [idoso] está suando frio e com dor em todo braço”, afirma. Vale lembrar que crianças e idosos são os mais vulneráveis a picadas de escorpiões.

Em nota sobre o caso, a pasta afirmou que a classificação segue protocolos específicos. “Cabe ao profissional estabelecer a prioridade, diante do quadro momentâneo apresentado pelo paciente. Devem ser considerados os sinais vitais e eventuais riscos de agravamento. Cabe ressaltar que os casos de maior gravidade são priorizados em detrimento dos demais. Todos os profissionais da rede são capacitados para fazer a devida avaliação e proceder com a intervenção necessária”.

Mortes por picada de escorpião

Dados da SES-MS (Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso do Sul), apontam que o Estado registrou 3.623 ataques de escorpiões de janeiro a novembro de 2023, o que representa média diária de cinco acidentes.

Duas crianças morreram neste ano após picada do animal peçonhento, ambas moradoras de Ribas do Rio Pardo.