Procura por revisão de fim de ano decepciona oficinas mecânicas em Campo Grande
Mês de forte movimento de carros para revisão, dezembro deste ano tem queda de até 50% nos serviços
Karina Campos –
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Para mecânicos, dezembro é conhecido como mês de alta procura de clientes em busca de revisão e reparos nos carros para viajar no fim do ano, mas em 2023 o cenário é outro. Mecânicos e funcionários relatam decepção com a redução da demanda comparada ao ano passado, a queda seria de até 50% nos serviços.
Não falta serviço na GS Centro Automotivo, o pátio está cheio, entretanto, a demanda é de reparos de rotina e agendamentos. O proprietário, Silvio Andre Torres, diz que quando se trata de revisão para pegar a estrada, a demanda é 20% menor comparada com 2022.
“Trabalho na área há 25 anos, teve ano que esteve pior, mas esse também está, ano passado foi melhor. A maioria que vai viajar busca a trocar a correia ou outro reparo simples. Qualquer revisão e manutenção não sai por menos de R$ 1 mil”, diz o profissional, de 53 anos.
Carlos Magno, da Revizza Centro Automotivo, na Avenida Salgado Filho, também revela a queda na quantidade de demanda do cliente que vai viajar. Ele explica que a maioria dos donos de veículos busca “revisar o básico”, o que gaste o mínimo possível.
“No ano passado, faltava mão de obra para tanto serviço, em média, chegavam uns cinco carros por dia, mas hoje é uns dois e no máximo três. Aqui a queda foi de 50%. O valor que o cliente gasta varia de acordo com o carro, além da peça, em média de R$ 800 a R$ 900. O cliente busca fazer o básico também, trocar o óleo ou o filtro. Se falamos que é preciso mexer em outra coisa mais cara, ele fala: deixa para outro dia”, descreve.
Perto da avenida, o proprietário de uma oficina, de 43 anos, que preferiu não se identificar, diz que o ano passado, a categoria “escolhia serviço”, se referindo que não conseguia atender todos os clientes no período. Para ele, o setor enfrenta dificuldades diante da crise financeira geral, quando o consumidor é criterioso no gasto.
“Mudou a forma de pagamento também. Antes o cliente tinha condições de pagar à vista ou escolher um cartão para essa despesa, agora, tem cliente que usa três ou quatro cartões para pagar a conta. Um serviço que você cobrava R$ 1,2 mil no ano passado, se você fala para o cliente que custa mais de R$ 1 mil, ele assusta”.
Queda no setor de serviços
O levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) aponta que houve recuo de 12,4% no setor de prestação de serviços em Mato Grosso do Sul em setembro, comparando ao mês anterior.
O cenário também é uma realidade brasileira. De forma geral, os dados de setembro representam retração de 0,3% e quando comparado ao mesmo período do ano passado é de 1,2%, interrompendo a estabilidade dos dois últimos anos.
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