Prefeitura não cede servidores e Ismac pode começar atividades de 2023 com menos profissionais
Segundo presidente, Instituição aguarda resposta da prefeitura, que ainda não confirmou se vai ceder profissionais em 2023 até esta quinta-feira (19)
Nathália Rabelo –
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Gestores do Ismac (Instituto Sul Mato-Grossense para Cegos Florivaldo Vargas) de Campo Grande temem possível defasagem de profissionais com a retomada dos atendimentos a partir de 1º de fevereiro, isso porque instituição ainda não recebeu retorno sobre a cedência de profissionais da Prefeitura até esta quinta-feira (19).
“Estamos aguardando e ainda não tivemos resposta sobre a cedência desses profissionais, que é um número considerável de profissionais que tiveram os seus contratos encerrados em 31 de dezembro de 2022. São especialistas cedidos pela Semed (Secretaria Municipal de Educação) e também psicólogos pela SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social)”, afirma Márcio Ximenez, presidente do Ismac.
Ximenez ainda explica que equipe está aflita de iniciar os atendimentos sem o apoio municipal, tendo em vista que, todos os anos, parte dos profissionais é cedida pelo Governo do Estado, outra pela Prefeitura e a restante é paga pelas instituições. Acordo com prefeitura está em vigor há 66 anos, desde que Ismac foi fundado na Capital.
“Sem esses profissionais cedidos, vai ficar bem complicado. Infelizmente vai comprometer bastante o nosso trabalho”, destaca.
Atividades retornam em 1º de fevereiro
O Ismac afirma que normalmente a resposta da prefeitura vem no início de janeiro, mas que equipe tentou marcar conversa com a prefeita Adriane Lopes, porém, sem sucesso até o momento. As atividades retornam em 1º de fevereiro.
“A gente está bastante aflito porque os alunos estão de férias e as aulas voltam em 1º de fevereiro. Se até 1º de fevereiro não sair essa resposta, esses profissionais não vão estar atuando com a gente e serão lotados para outros locais”.
Importância dos profissionais
O Ismac (Instituto Sul Mato Grossense para Cegos Florivaldo Vargas) é uma sociedade civil sem fins lucrativos fundada em 1957, na Capital, destinada à educação, reabilitação e assistência social às pessoas com deficiência visual. Dessa forma, a presença desses profissionais no local é fundamental para continuar atendendo o público.
Atualmente, são 130 alunos atendidos pelo setor de educação e cerca de 700 pessoas nos demais serviços. Toda a assistência prestada é gratuita à população.
“Esses profissionais são de fundamental importância para que a gente continue com o nosso trabalho de 66 anos e sempre teve essa parceria de cedência. Infelizmente esse ano, devido ao decreto, a gente ainda não teve sucesso. Se fosse para pagar, a gente não teria condição e sem os profissionais, comprometeria bastante nossos atendimentos”, lamenta Márcio.
Enquanto a prefeitura ainda não dá posicionamento positivo ou negativo, a instituição se sente mais tranquila porque o Governo do Estado já formalizou contrato de cedência. Decreto foi publicado no DOE-MS (Diário Oficial do Estado) de quarta-feira (19). Assim, SED (Secretaria de Estado de Educação) prorrogou a vigência do Contrato de Cooperação até 31/12/2023.
O Jornal Midiamax solicitou posicionamento à Prefeitura de Campo Grande sobre a cedência de profissionais e aguarda resposta. Espaço segue aberto para eventuais manifestações.
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