Prefeitura anuncia área e casas para 133 famílias que perderam tudo em incêndio no Mandela
Para outras 54 famílias, prefeitura informou que irá buscar recursos em Brasília para viabilizar construção de casas
Dândara Genelhú, Priscilla Peres –
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A prefeitura de Campo Grande anunciou nesta terça-feira (21) que, das 187 famílias da favela do Mandela, comunidade atingida por um incêndio na semana passada, 133 estão com moradia garantida. São 100 famílias que vão receber lote e casa pronta e 33 famílias com lote e materiais de construção.
Desde a semana passada a prefeitura tenta encontrar alternativas de moradia para as famílias que moram na favela do Mandela e que terão de deixar o espaço considerado área de preservação ambiental. Um incêndio de grandes proporções destruiu 60% dos barracos da favela.
A prefeita Adriane Lopes (PP) anunciou que 100 famílias já têm documentação para regularização fundiária e vão receber o benefício do Programa Credihabita, que consiste na entrega das casas prontas aos moradores. O período de construção deve durar entre seis e oito meses.
Outras 33 famílias tem lote garantido, pois estão em processo de regularização fundiária e vão receber um kit construção com tijolo, areia, telha e demais materiais básicos para construir uma casa. Neste caso, as próprias famílias ficam responsáveis pela construção, no lote designado pela prefeitura.
Escolha dos lotes
A prefeitura afirma que foi feito um estudo de viabilidade das áreas aptas para receber as famílias, de forma minuciosa, pois precisa considerar a demanda por escolas, CRAS, unidades de saúde e infraestrutura. As áreas escolhidas terão drenagem, esgoto e energia elétrica.
Foram elencadas quatro áreas que vão receber as 133 famílias, 38 para o José Tavares, 33 para o loteamento Iguatemi 1, 30 para o loteamento Iguatemi 2 e outras 32 para o Talismã.
As 133 famílias serão divididas por grupos prioritários, considerando as crianças matriculadas em escola de tempo integral próximo à favela, vão ficar em áreas mais próximas.
Representante da favela do Mandela, Greiciele Ferreira explicou que todas as famílias foram atendidas e as 100 que receberão casas, poderão ficar no fundo dos lotes durante a construção. “Só que leva de seis a oito meses, como foi dito ali. Só que se a pessoa não quiser aguardar, pode ir para o seu lote”, comentou ela.
E as outras 54 famílias?
Com o anúncio, a prefeitura deixou de fora 54 famílias, dentre as 187 mapeadas pelo próprio município. A diretora-presidente da Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários, Maria Helena, explica que a prefeitura de Campo Grande agora vai tentar recursos em Brasília para proporcionar o Credhabita para essas famílias.
“Quem estava tudo certo nessa primeira etapa, dentro dos primeiros critérios de priorização, que eram mulheres chefes de família, idosos, deficientes, deu nesse total de 100 que entregaram toda a documentação e já tinham assinado o contrato para a construção através do Credhabita”, explica ela.
A partir de quarta-feira (22) o município vai definir junto com os moradores quem vai para qual lote. Os lotes serão pagos pelos moradores, que devem pagar parcelas mensais de 10% de um salário mínimo.
As tendas montadas pelo Exército em área ao lado a comunidade vão continuar servindo de moradia para as famílias, bem como os abrigos continuarão disponíveis para aqueles que desejarem esperar a entrega dos lotes e casas.
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