Período de chuvas acende alerta para a proliferação do mosquito-da-dengue: saiba como se proteger

Em 2023, Mato Grosso do Sul registrou 36 mortes e 38.552 casos positivos para dengue

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Dengue matou 40 pessoas em MS em 2023 (Reprodução, Midiamax)

Com a chegada do período de chuvas e o aumento das temperaturas, os sul-mato-grossenses precisam redobrar a atenção para evitar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor da Dengue, Chikungunya e Zika.

Conforme a SES (Secretaria de Estado de Saúde), o período do ano com maior transmissão de doenças são os meses mais chuvosos, por isso, o atual período acende um alerta sobre os cuidados que a população deve tomar no combate ao mosquito.

A dengue é uma doença transmitida por mosquitos que se desenvolve em condições quentes e úmidas, tornando-se mais prevalente durante padrões climáticos de altas temperaturas e chuvas. Os ovos do mosquito Aedes aegypti podem sobreviver por mais de um ano, mesmo em locais secos.

Mosquito Aedes Aegypti, transmissor da Dengue e Chikungunya (Apurv013, WikiCommons, Reprodução)

MS contabiliza 36 mortes por dengue em 2023

Dados do último boletim da SES, divulgados na terça-feira (5), apontam que Mato Grosso do Sul registrou queda no número de casos prováveis de dengue em uma semana, com 671 notificações descartadas.

No entanto, desde o início do ano, o Estado registrou 36 mortes e 38.552 positivos para dengue. O número de vítimas está acima de anos anteriores, como 2021 (14) e 2022 (24). A mortalidade da doença, em 2023, está em 1,31 a cada 100 mil habitantes.

A taxa de incidência de casos prováveis está alta em 74 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul, incluindo Campo Grande. Somente Aparecida do Taboado está com índice baixo.

Enfermeira da SES, Bianca Modafari Godoy, destaca a importância de a população estar informada sobre os sintomas clássicos da dengue para se proteger a si mesma e à comunidade.

“É importante que a população faça a limpeza nos quintais de suas casas, não deixando água parada em pneus, vasos de plantas, garrafas, caixas d’água ou outros recipientes que possam permitir a reprodução do mosquito”.

Além disso, recomenda-se manter as lixeiras bem tampadas, os ralos limpos com aplicação de tela, o uso de lonas esticadas para cobrir materiais de construção e evitar o acúmulo de água e focos do mosquito. O uso de repelentes e telas em janelas também é uma prática de segurança recomendada para a população.

Confira algumas dicas:

  • Evite água parada, em qualquer época do ano;
  • Mantenha bem tampado tonéis, barris de água e caixas d’agua;
  • Guarde pneus em locais cobertos;
  • Remova galhos e folhas de calhas;
  • Não deixar água acumulada sobre a laje;
  • Encha pratinhos de vasos com areia até a borda ou lave-os uma vez por semana e faça sempre a manutenção de piscinas.
  • Feche bem os sacos de lixo e não deixe ao alcance de crianças e animais
  • Trocar água dos vasos e plantas aquáticas uma vez por semana;
  • Colocar lixos em sacos plásticos em lixeiras fechadas
  • Manter garrafas de vidro e latinhas de boca para baixo
  • tampar ralos
  • Catar sacos plásticos e lixo do quintal
Larvas do mosquito Aedes aegypti (Reprodução/Eliel Oliveira)

Sintomas

Os principais sintomas da dengue incluem febre alta, dor de cabeça intensa, dor nas articulações e erupção cutânea. Além disso, a SES recomenda estar atento aos sinais de alarme, que podem incluir dor abdominal intensa, vômitos persistentes, diarreia, fadiga e sangramento de mucosas.

“Se você ou um membro de sua família apresentar sintomas semelhantes aos da dengue, procure atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce e o início da hidratação imediata são cruciais para que não se tenha evolução para casos graves e/ou óbitos”, alerta Bianca.

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