De cadeira de rodas, a pé ou de bicicleta, um pequeno espaço na calçada na Avenida Thyrsson de Almeida, entre a Avenida Campestre e Travessa Fama, ao lado do (Centro de Referência de Assistência Social) Aero Rancho, é alvo de reclamações de pedestres e ciclistas que precisam dividir o acesso à escola da região.

Um morador, que preferiu anonimato, disse que há dois terrenos baldios ao lado do espaço público. Para ele, a instalação de uma praça seria aproveitada pela vizinhança. “Jogam lixo e , até praticar sexo. As cadeiras de rodas em dias de chuva ficam intransitáveis, as mães têm que passar pela avenida, colocando [as crianças e elas] em risco”, descreve.

Uma mãe, que preferiu não se identificar, diz que o caminho é o principal acesso de moradores do condomínio ao lado. “Nesses terrenos pararam de jogar lixos e entulhos, porém há muitos usuários [de drogas] circulando. Esses usuários e moradores de rua costumam jogar lixo e qualquer outro objeto atrás do CRAS, que faz fundos com a [Avenida] Thyrsson”, disse.

Moradores com necessidades especiais, que têm dificuldades em locomoção, enfrentam verdadeiros obstáculos nos poucos espaços entre a calçada e rua. Uma moradora diz que já flagrou funcionários de uma empresa despejando restos de alimentos para animais de rua.

“O lixo, o resto de carne, grudam nas rodas da cadeira, sem contar as moscas. Temos que passar muito rápido com as crianças”.

A reportagem entrou em contato com a prefeitura por e-mail, mas não obteve retorno até a publicação deste material. O espaço segue aberto para um posicionamento.

Problema crônico

Em todo o prolongamento da avenida, desde a Ernesto Geisel, reclamações sobre entulho lideram o ranking de reclamações entre vizinhos e quem pratica exercício físico ao redor. Em agosto, a reportagem esteve em alguns trechos da via com acúmulo de de lixo, inclusive, em pontos de habitats das capivaras.

Na época, a Solurb disse que realiza apenas a roçada dos canteiros da Avenida Ernesto Geisel, eventuais limpezas de entulhos e barracos do local é realizado pela Sisep (Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos).

Já a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano) diz que descarte irregular é crime ambiental, portanto, deve ser denunciado. O morador que presenciar ou notar rotineiramente o descarte irregular de resíduos nas margens dos córregos, pode formalizar denúncias de imediato à Patrulha Ambiental da Guarda Civil Metropolitana via telefone 153 e, quando for possível identificar os infratores, que as denúncias sejam direcionadas à Semadur por meio da central de atendimento 156.