‘Ouro’ na pandemia, teste de covid pode ser encontrado por R$ 19,90 em Campo Grande

Nos últimos sete dias, três pessoas da capital morreram em decorrência da doença

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Teste rápido para Covid-19, ilustrativa (Arquivo, Jornal Midiamax)

Pode até parecer um passado distante, mas até o fim de 2022 os testes de covid-19 poderiam ser encontrados em farmácias e clínicas de Campo Grande acima de R$ 300. O que valia “ouro” na pandemia, atualmente pode ser encontrado com preço de promoção a R$ 19,90.

A título de comparação, em janeiro do ano passado, o teste rápido de coronavírus era vendido por R$ 109,90 na Drogasil. Agora, é encontrado por menos de R$ 20. A redução para este ano é de 81,93%. Na unidade pode ser encontrado apenas o autoteste antígeno, com resultado em 15 minutos.

Na farmácia Pague Menos o teste rápido com secreção de orofaringe, o famoso “cotonete” que é inserido nas vias nasais, era vendido por R$ 99. Agora, a autotestagem custa R$ 39,99.

De forma geral, os testes rápidos são de menor valor comparado aos de testagem pelo sangue ou por secreção. No Laboratório Sabin o teste molecular RT-PCR chegou a ser vendido por R$ 355, enquanto hoje pode ser agendado por R$ 270.

No Laboratório Multlab o antígeno para covid e Influenza tem exame por R$ 146, enquanto na época de maior casos e procura a venda sai por R$ 219. A redução comparativa é de R$ 33%.

Tipos de exame

Segundo a Dasa, uma plataforma de saúde integrada, existem diferentes exames laboratoriais indicados para investigação da infecção da doença respiratória. O exame indicado varia e depende da fase infecciosa que o paciente está. Vale lembrar que há duas formas de coleta: antígeno é extraído por secreção e sorologia por sangue.

  • RT-PCR – é um teste molecular, baseado na pesquisa do material genético do vírus (RNA) em amostras coletadas por Swab da nasofaringe. É considerado o exame laboratorial padrão-ouro para diagnóstico da infecção. O exame é indicado para o 1 a 10° dia do início dos sintomas. Nessa modalidade é possível fazer o teste por uma coleta de sangue e por secreção.
  • Painel Quadriplex (SARS-CoV-2 + Influenza A + Influenza B + Vírus Sincicial Respiratório): O exame é feito em uma coleta única de swab de nasofaringe e permite detectar quatro dos vírus mais relacionados a síndromes gripais e que apresentam sobreposição de sintomas, e que também podem apresentar gravidade principalmente em alguns grupos de maior risco como idosos, crianças pequenas e gestantes.
  • Pesquisa do Antígeno de SARS-CoV-2: é um teste imunológico baseado no reconhecimento do antígeno (uma parte da estrutura do vírus) em amostras coletadas por swab de nasofaringe. Sua principal vantagem é apresentar resultados rapidamente, por um custo mais baixo. Sua sensibilidade é inferior ao RT-PCR de nasofaringe com sensibilidade geral variando entre 74-85%. Se utilizada na primeira semana de sintomas (idealmente primeiros dias), a sensibilidade alcança 90%, comparada ao RT-PCR de nasofaringe.

Ampliação de testes barateia diagnóstico

A Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), em parceria com a fundação do Ceará e Universidade Federal do Rio de Janeiro, lançou no início do ano passado dois novos testes moleculares (RT-PCR) para diagnosticar a Covid-19. A metodologia é considera uma alternativa que barateia o diagnóstico.

Os pesquisadores buscaram uma medida mais econômica para diagnosticar o vírus dentro do padrão já adotado pelo SUS (Sistema Único de Saúde), o que proporciona maior acessibilidade para laboratórios e instituições com orçamentos mais restritos.

O primeiro teste foi nomeado de “kit molecular Inf A/Inf B/SC2”, do tipo RT-PCR. O exame é capaz de diferenciar os vírus da Influenza (A e B) e da Covid-10 e possibilitará o diagnóstico dessas doenças em uma mesma coleta.

O outro teste é o “kit molecular Quadriplex SC2/VOC”, também do tipo RT-PCR, que permite a detecção e triagem das variantes alfa, beta, gama, delta e ômicron do vírus Sars-CoV-2, que causa a covid-19. O resultado do teste indica a presença ou não dessas variantes na amostra do paciente. De acordo com a Fiocruz, seu registro deverá ser submetido à Anvisa até a próxima semana.

Casos em alta

O último boletim da doença divulgado pela SES (Secretaria Estadual de Saúde) nesta quarta-feira (15) indica que houve aumento de cinco mortes em Mato Grosso do Sul, somando 186 vítimas fatais pela doença na semana anterior.

Foram 442 testes positivos na semana anterior e 822 nos últimos sete dias, o que representa alta de 85.97% no período. A Capital liderou o ranking de novos casos, com 116 testes positivos.

Ao todo, foram três vítimas fatais de Campo Grande, uma de Dourados e outra de Três Lagoas. A pessoa mais nova era uma mulher de 41 anos, moradora da Capital, que tinha imunodeficiência/imunossupressão.

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