Organizador de aposta que ganhou R$ 27,9 milhões em Dourados não vai à audiência judicial

Caso também foi registrado na delegacia da cidade

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Lotérica onde o bolão foi registrado (Foto: Marcos Morandi, Midiamax)

A divisão de uma bolada de R$ 27,9 milhões da Mega-Sena em Dourados, que foi parar na Justiça, segue sem desfecho. O organizador bolão, de 49 anos, que foi acionado por quatro apostadores, não compareceu ao Fórum. A ação tramita desde agosto do ano passado, logo depois da divulgação do prêmio.

Marcada pela juíza da 4ª Vara Cível Daniela Vieira Tardin, a audiência aconteceu nesta quarta-feira (12) no Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania, mas não teve nenhuma proposta de acordo homologada.

Ao todo, doze pessoas teriam participado do bolão, organizado por uma pessoa ligada ao ex-dono da lotérica, onde o prêmio foi sorteado e que ainda tinha vínculo com a empresa. Segundo os participantes, ele realizava as apostas conjuntas há vários anos.

A defesa de um dos participantes alega que o mesmo teria recebido cerca de R$ 1,6 milhão a menos do que o proposto pelo organizador. Pois o prêmio, se dividido entre os doze participantes, renderia algo em torno de R$ 2,3 milhões para cada um. Entretanto, os participantes teriam recebido apenas R$ 690 mil.

Justiça nega bloqueio de contas de organizador do bolão

A defesa dos participantes do bolão protocolou pedido de bloqueio das contas do organizador do bolão. Os processos correm na vara cível e criminal.

A 2ª Vara Criminal negou o pedido e mandou arquivar o caso. Entretanto, a defesa recorreu.

Ainda no mês passado, o desembargador Ruy Celso Barbosa Florence, seguindo o parecer da Procuradoria-Geral de Justiça, negou a liminar para o bloqueio do dinheiro.

Na 4ª Vara Cível, a juíza Daniela Vieira Tardin também negou o bloqueio dos valores e marcou uma audiência de conciliação para quarta-feira (12).

Participante denunciou caso na polícia

Ainda no começo deste mês, semanas após a realização do sorteio, o mesmo participante procurou a Polícia Civil e registrou boletim de ocorrência contra o funcionário da lotérica.

Ele afirmou ter tido conhecimento do prêmio somente após divulgação na imprensa, pois o organizador não o teria procurado para informar sobre a premiação.

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