Operação Mosquito Zero chega à região do Lagoa com três pontos de descarte

Prefeitura de Campo Grande mobilizou 200 agentes para a região

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Ilustrativa (Foto: Divulgação / Prefeitura de Campo Grande)

A PMCG (Prefeitura Municipal de Campo Grande), por meio da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), lançou nesta quarta-feira (1º) a 5ª etapa da Campanha Operação Mosquito Zero, na região Lagoa. A abertura aconteceu na Escola Municipal Doutor Eduardo Olímpio Machado, no Jardim Ouro Verde.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, cerca de 200 agentes de combate às endemias estarão mobilizados na inspeção de casas e terrenos baldios, além do recolhimento e eliminação de materiais inservíveis, potenciais criadouros do mosquito e orientação dos moradores em relação às medidas de prevenção.

“Esse trabalho estará sendo intensificado na região nos próximos dez dias para que a gente consiga evitar que haja um aumento no número de notificações e casos das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, destaca.

A superintendente reforça que é necessário que haja o apoio da população para maior efetividade no combate às doenças transmitidas pelo mosquito.

“Não basta o Poder Público fazer a sua parte, é importante a colaboração de todos para que a gente consiga vencer o combate contra o mosquito. Se cada um fizer a sua parte, certamente teremos maior sucesso neste trabalho”, enfatiza.

Conforme o coordenador da CCEV (Coordenadoria de Controle de Endemias Vetoriais), Vagner Ricardo Santos, a ação contará com três pontos de descarte onde os moradores poderão levar materiais inservíveis, potenciais criadouros do mosquito, como móveis, eletrônicos, geladeiras, fogões, pias, vagos sanitários e pneus.

“O objetivo é proporcionar ao morador um local para que ele possa fazer a destinação adequada destes materiais que muitas vezes estão acumulados no quintal de casa servindo de criadouros de mosquito”, comenta.

Pontos de descarte

1º a 14 de fevereiro

1 – Rua Fátima do Sul, esquina com a Rua Rio Brilhante, no São Jorge da Lagoa.

2 – Avenida Guaicurus, esquina com a Rua Martin Pescador, Jardim Ouro Preto.

3 – Rua Alvinlândia, esquina com a Rua Nova Romã, Jardim Batistão.

Entulhos, restos de construção, podas de árvores, lixo doméstico e madeiras não poderão ser descartados nestes locais.

Orientações

Caixas d’água, cisternas, tonéis, tambores e filtros necessitam ser tampados. Até mesmo reservatórios de eletrodomésticos devem passar por uma vigilância frequente, como é o caso de geladeiras e climatizadores.

“Verifique se a sua geladeira tem um coletor de água do degelo automático (fica na parte de trás, perto do motor). Caso tenha, é preciso limpar com água e sabão a bandeja onde a água é acumulada, pelo menos uma vez por semana. No caso de climatizadores ou aparelhos de ar-condicionado, é necessário retirar o compartimento, esvaziá-lo e lavá-lo”, destaca o coordenador da CCEV.

Ralos limpos e com aplicação de tela evitam o surgimento de criadouros. Além disso, é importante saber que a água com larvas não deve ser derramada em ralos ou na pia – lugares que podem gerar acúmulo –, e sim na terra ou no cimento quente.

Com o calor que faz na cidade, piscinas – de todo tipo ou tamanho – são motivo de alegria. Mas a atenção deve ser redobrada, pois também se trata de um dos lugares favoritos do Aedes. Sendo assim, fica a dica: piscinas e fontes devem ser limpas e tratadas com o auxílio de produtos químicos específicos.

O coordenador lembra que um modo de prevenir criadouros é descartar objetos no lugar correto e levar o lixo para fora de casa somente no dia da coleta, por exemplo.

“Recipientes e sacos plásticos, garrafas, latas, sucatas, ferro-velho, entulhos em construção; tudo isso pode ser foco de Aedes. Furar o fundo das latas e, se possível, amassar; tampar latas de tinta e deixá-las em local adequado; enviar sacos plásticos para reciclagem; amassar copos descartáveis; e manter garrafas com tampas ou viradas para baixo são algumas medidas que podem ajudar a eliminar o acúmulo de água”, complementa.

Mosquito Zero

Nas quatro etapas já realizadas da campanha Mosquito Zero foram inspecionados 29.523 imóveis, 19.856 depósitos recolhidos e 1.031 focos eliminados, nas regiões Segredo, Anhanduizinho, Bandeira e Prosa. A previsão é de que a campanha se estenda até o final do mês de fevereiro, contemplando as sete regiões urbanas do Município.

A campanha anterior, realizada em maio deste ano, teve mais de 59 mil criadouros eliminados e 2.239 focos eliminados. A Operação Mosquito zero é realizada em Campo Grande desde 2019, quando o município registrou mais de 40 mil casos de dengue.

Dados epidemiológicos

Do dia 1º de janeiro a 31 de janeiro, foram 397 casos notificados e 29 casos confirmados de dengue em Campo Grande. Em 2022, foram 8.225 casos confirmados e sete óbitos provocados pela doença.

Infestação pelo Aedes

Conforme o LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para o Aedes aegypti) divulgou neste mês de janeiro, cinco áreas de Campo Grande foram classificadas com risco para infestação do Aedes aegypti: Vida Nova, Seminário, Coophavilla, Silvia Regina, Cidade Morena e Batistão. Outras 40 áreas estão em alerta e 25 apresentam índices satisfatórios. O LIRAa completo pode ser consultado clicando aqui.

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