O que era homenagem vira descaso e estátua do Manoel de Barros completa dois anos sem pé
Escultura foi vandalizada há dois anos e até hoje segue sem restauração
Thalya Godoy –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
Localizada na principal avenida de Campo Grande, a estátua do poeta Manoel de Barros, que deveria representar uma homenagem ao artista, virou um símbolo de descaso do poder público sobre a restauração da obra, que teve um dos pés arrancados há exatamente dois anos.
Em 19 de abril de 2021, os moradores da região perceberam que a estátua feita de bronze, localizada no canteiro central da Avenida Afonso Pena, tinha sido vandalizada.
Desde lá, várias promessas sem prazos foram feitas pela FCMS (Fundação de Cultura de Mato Grosso do Sul) sobre a restauração da peça faltante, porém até hoje nada foi consertado. Além do pé, outros pontos do monumento indicam sinais de vandalismo, como na região do rosto e óculos.
A resposta do poder público há dois anos é que não tem prazo para o conserto. Em conversa com o titular da Setescc (Secretaria de Estado de Turismo, Esporte, Cultura e Cidadania), Marcelo Ferreira Miranda, a informação é que estudos são feitos pela Procuradoria Jurídica sobre a viabilidade técnica e jurídica. Também não há previsão sobre quanto custará o restauro aos cofres públicos.
“Estamos estudando uma forma de fazer o restauro para garantir a preservação dela, ali ela está em um lugar da Prefeitura […] nós estamos passando por momento de reestruturações na secretaria, mas é uma das nossas prioridades”, afirmou o titular da pasta.
Estátua completa dois anos quebrada
Em julho de 2021, a Fundação de Cultura afirmou que além da estátua em tamanho real do Manoel de Barros também seriam feitas melhorias no entorno do espaço com nova ambientação para proteção e destaque da escultura, renovação dos jardins, iluminação destacada e novas câmeras de segurança.
O Midiamax acompanha o caso desde o início e a última promessa da FCMS, em outubro do ano passado, era que o autor da obra, o artista Ique Woitschach, seria contratado para fazer a restauração até dezembro de 2022.
“Informamos que as tratativas para o restauro da escultura de Manoel de Barros, do artista Ique Woitschoch, está sendo finalizada entre a Fundação de Cultura de MS e o próprio artista autor da obra, como também o artista fará o restauro da obra por completo. O investimento está em fase de orçamento e será publicado em Diário Oficial do Estado na sua contratação, e deverá ser concluída até Dezembro/2022”, informou o órgão na época.
Ique, que atualmente mora no Rio de Janeiro, esteve em Campo Grande em junho de 2021 para visitar a obra e dar início ao processo de restauração, o que não aconteceu até o momento. O artista disse ao Midiamax, em outubro do ano passado, que ainda aguardava a assinatura do contrato.
O Midiamax pediu para a FCMS informações sobre os novos prazos para a restauração da estátua do poeta Manoel de Barros e o orçamento, mas não obteve resposta. O espaço continua aberto para futuras manifestações.
Sobre a estátua
A estátua foi inaugurada em dezembro de 2017, na celebração dos 101 anos do poeta. Localizada no canteiro central da Avenida Afonso Pena, no cruzamento com a Rua Rui Barbosa, a estátua é uma reprodução em tamanho real do poeta, assinada pelo artista campo-grandense Ique Woitschach.
Notícias mais lidas agora
- ‘Discoteca a céu aberto’: Bar no Jardim dos Estados vira transtorno para vizinhos
- Carreta atropela mulher em bicicleta elétrica na Rua da Divisão
- Papai Noel dos Correios: a três dias para o fim da campanha, 3 mil cartinhas ainda aguardam adoção
- VÍDEO: Motorista armado ‘parte para cima’ de motoentregador durante briga no trânsito de Campo Grande
Últimas Notícias
Campanha contra importunação sexual é realizada em terminais de ônibus
Importunação sexual é crime e precisa ser denunciada
Projeto manobrado por bancada da bala facilita acesso a armas por condenados
Ele escolheu um apensado que vai na contramão do projeto original
Assembleia define ações contra Agepen e policial penal decidirá por horas extras
Mobilizações são em cobrança pela demora da estruturação da carreira da Polícia Penal
CNDI aprova moção crítica à elevação dos juros pelo Banco Central
A elevação da Selic para 12,25% ao ano foi criticada pelo setor produtivo
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.