A empresa Prime Clean continua sendo alvo de reclamações em Campo Grande. Dessa vez, grupo de trabalhadores que prestam serviço de limpeza na UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) se reuniram na manhã desta sexta-feira (16) para lutar pelo recebimento de salário e ticket alimentação que, segundo os funcionários, estão sempre atrasados.
Assim, trabalhadores pararam nesta manhã pela falta de pagamento. Ao todo, cerca de 40 funcionários fazem a manutenção e limpeza da UFMS. Assim, alegam estarem ao menos há duas semanas sem receber e que situação se repete todo mês.
“Eles [empresa] falam que é o banco, mas muda banco, muda de cartão e continua a mesma coisa. A gente vai atrás da universidade e diz que os pagamentos estão em dia”, diz uma participante do movimento. Segundo os trabalhadores, o ticket é no valor de R$ 290 mais R$ 90 de adicional para quem não falta ou pega atestado durante o mês. Porém, segundo a categoria, esse valor adicional teria sido retirado.
“Entramos às 6h, acordam às 4h. Tem gente que paga aluguel, babá para cuidar dos filhos. Precisa de dinheiro e a gente precisa ficar se humilhando para receber uma coisa que é nossa por direito. Exigem que a gente cumpra o trabalho, mas não cumprem o pagamento”, alega outro trabalhador.
Situação aconteceu no mês passado
Essa não é a primeira vez que terceirizados reclamam da falta de pagamento. Em maio, os funcionários alegaram ter recebido o salário com dois meses de atraso, no entanto, valor foi pago sem o acréscimo do ticket alimentação. Então, cerca de 150 funcionários da empresa Prime Clean, se juntaram para fazer a reclamação e entraram com o caso no MPT (Ministério Público do Trabalho).
UFMS alega fazer pagamento
Diante dos casos repentinos de reclamações envolvendo os funcionários terceirizados, a UFMS se manifestou sobre o assunto em nota publicada no site oficial. A instituição alegou que a empresa Prime Clean Comércio, Locação e Serviços Terceirizados Ltda foi notificada para o imediato abastecimento de produtos de higiene e limpeza, além de pagamentos aos terceirizados na Cidade Universitária e em todos os câmpus da Universidade.
“A empresa recebeu todos os pagamentos da UFMS e, diante desse fato e de outras inconformidades apontadas pelos gestores e fiscais do contrato, foi aberto processo sancionador em desfavor da empresa Prime Clean para a busca de soluções administrativas e jurídicas cabíveis, de acordo com a legislação vigente.”
A UFMS ainda alegou que “para reduzir o prejuízo à comunidade universitária, a Proadi providenciou o abastecimento de produtos de higiene e limpeza para as Unidades, de acordo com o estoque disponível na UFMS, até que a empresa regularize e atenda suas obrigações contratuais, o que se não ocorrer, pode ensejar no cancelamento unilateral do contrato firmado entre a UFMS e a empresa terceirizada”.
O Jornal Midiamax acionou a Prime Clean. Por meio de nota, deu o seu posicionamento:
“A Prime Clean informa que cumpre com todas as suas obrigações contratuais mensalmente, e se compromete, como sempre, a responder a todo e qualquer questionamento ou notificação da UFMS ou Ministério Público do Trabalho”.
*Matéria atualizada às 11h34 para acréscimo de informações.
