No 3º dia de ação, grupos solidários pedem alimentos e descartáveis para Favela do Mandela

Descartáveis, produtos de higiene e água estão entre os pedidos prioritários para comunidade

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Favela do Mandela (Marcos Erminio, Midiamax)

No terceiro dia de ações na favela do Mandela após incêndio na quinta-feira (16), grupos solidários pedem alimentos, descartáveis e produtos de higiene pessoal. A expectativa é de que o movimento de moradores da comunidade aumente neste sábado (18).

Na comunidade o clima seco é tomado por vestígios do incêndio que derrubou grande parte dos barracos. Além das altas temperaturas, a fumaça dos incêndios do Pantanal toma conta de Campo Grande e faz o cenário piorar na favela do Mandela.

A presidente da Cufa (Central Única das Favelas), Leticia Polidorio, disse que até o momento conseguiram entregar 800 marmitas para a comunidade. Neste sábado, já prepararam 200 para o almoço e 400 para a janta.

Assim, pedem ajuda para completar a distribuição do almoço, que precisa de mais 200 marmitas. Com altas temperaturas, mais de 7 mil garrafinhas de água foram entregues aos moradores.

“Hoje é sábado, aconteceu tudo durante a semana. Então, as pessoas estavam trabalhando, então a gente acredita que hoje esse número, esse fluxo de pessoas vai aumentar”, explicou a presidente da Cufa.

A igreja Jesus a Porta da Salvação também faz ação voluntária na comunidade. Maria Lúcia é uma das organizadoras e explica que pelo menos 300 pessoas foram assistidas com café da manhã.

Entre os itens distribuídos, estão suco e cachorro-quente para as famílias. A arrecadação está concentrada na igreja, as comidas são preparadas na sede e depois levadas para a favela.

“A gente prepara no dia e leva até a comunidade. As roupas a gente está recebendo doação para separar tudo e a gente vai trazer os kits também, conforme a numeração, calçado e tudo, para já ficar mais organizado”, explicou.

Pedidos de doação

Com mais de 200 famílias afetadas, os grupos solidários pedem doação de itens básicos de higiene para distribuição. Entre eles, shampoo, condicionador e até elásticos de cabelo, para que as mulheres e crianças possam prender os cabelos.

Os moradores improvisaram um banheiro comunitário para moradores que permanecem no local. Com chuveiro, o espaço é usado para banhos.

Além disso, reforçam a necessidade de intensificar a distribuição de água. Por isso, pedem doação de garrafas pequenas de água mineral. Líquidos como suco e refrigerante também serão aceitos.

Alimentos para preparo das marmitas e frutas são necessários para atender as famílias. As doações podem ser realizadas na Cufa ou na igreja Jesus a Porta da Salvação.

Também pedem produtos descartáveis, como copos, talheres e pratos. Por fim, ressaltam que soro fisiológico também está em falta e precisam de doações deste item. “As mães pedem pelo amor de Deus para passar nos olhos das crianças, que ardem por causa da poeira”, explicou um dos voluntários.

Serviços aos moradores do Mandela

A secretária executiva de assistência social, Taciane Silvestrini, ressaltou que estão fazendo cadastro do Mais Social dos moradores da comunidade. “Estamos identificando as famílias onde tiveram seus cartões, que têm um benefício e que o cartão foi queimado. Então, a gente vai providenciar a segunda via em caráter de urgência”, garantiu.

O cadastro de novas famílias também é realizado pela equipe do governo do Estado. O coordenador do CCI (Centro de Convivência do Idoso) Piratininga, Jorge Franco, explicou que há atendimento para emissão da segunda via dos documentos pessoais.

“Através do sistema da prefeitura, que a gente consegue organizar e trazer de volta aquilo que eles estão precisando”, explicou. Assim, os moradores podem solicitar emissão de certidão de nascimento, RG, CPF e até carteira de trabalho. Os atendimentos são realizados no Cras Estrela do Sul.

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