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Cotidiano

Nilson já vendeu carro para alimentar comunidades e faz apelo para continuar projeto

Trabalho social pode encerrar após quatro anos, sem verba para condução
Karina Campos -
verdura
Trabalho dura quatro anos (Foto: Arquivo Pessoal)

Nilson Lopes lidera um projeto solidário há quatro anos em comunidades de , doando alimentos para famílias carentes. Entretanto, o desemprego chegou desmoronando as finanças do voluntário, que teme encerrar a entrega diária. Para ver comida na geladeira do próximo, ele até vendeu um carro para conseguir verba.

Após receber a notícia de que as entregas de alimentos iriam parar, famílias se preocuparam. “Sou Fernando Henrique, moro na comunidade do Angico. Estou sem emprego fixo e as coisas não estão fáceis para nós aqui da comunidade, mas temos um anjo que nos ajuda muito uma vez a cada 10 ou 15 dias, ele vem com verduras e legumes frutas para toda comunidade sem pedir nada em troca. Ele não pode para (sic)”.

A vontade de ajudar surgiu na vida do campo-grandense quando um colega de trabalho perguntou o que ele gostaria de fazer da vida, a resposta certeira fazia jus ao que ele acredita como missão de vida. Na época, era servidor municipal e conseguia retirar parte do salário para direcionar ao projeto.

“Comecei por conta própria. Via muitas pessoas passando dificuldades, fome mesmo. Passei a ir no Ceasa e consegui parceiros para doação dos alimentos que não servem para venda. Levantava de madrugada, moro a 30 km do Ceasa e depois que pegava as cargas, saía de comunidade em comunidade entregar um kit de verdura e de fruta. Já cheguei a atender 38 regiões”.

counidade
Entrega de kit de verdura e fruta (Arquivo Pessoal)

As doações de alimentos são essenciais para o atendimento de quase 1,3 mil famílias. A exoneração pegou Nilson de surpresa, tentou alternativas para continuar com fundos, mas em vão.

“Mesmo com as doações, precisava de dinheiro para gasolina, além de morar muito longe do Ceasa, tem comunidades que não são perto, por exemplo, a Homex e Mandela. Fui tentando e tentando, mas cheguei ao limite de não ter mais verba. Estou procurando emprego. Eu amo o que faço, por isso, até o Gesto de Amor virar um instituto com CNPJ para correr atrás de patrocínio, leva tempo. Muita gente está chateada, mas não tenho como honrar meus compromissos”.

A expectativa é que mais parceiros estejam envolvidos nas buscas por doações e entregas. Para quem quiser ajudar, o contato de Nilson é o (67) 99854-8563.

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