Não são só motoristas: saiba o que leva à suspensão de passageiros nos aplicativos
Vídeo publicado nas redes sociais levantou a dúvida: quais condutas levam ao bloqueio, dento de um aplicativo? Confira
Jennifer Ribeiro –
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Nesta semana está repercutindo, nas redes sociais, um vídeo em que uma passageira, a empresária Giovana Ogando, e um motorista de aplicativo, Luiz Oliveira, discutem sobre o valor do troco, ainda no início da viagem, em Goiânia.
Ao sair do carro, a empresária xinga e cospe no ombro do motorista, que da mesma forma, devolve o xingamento. Ele desce do veículo e a discussão continua do lado de fora. O vídeo foi publicado pelo Luiz, em suas redes sociais.
Com o ocorrido, surge a dúvida: quais são as condutas que podem levar um passageiro ou motorista a ser banido da plataforma?
A reportagem entrou em contato com a Uber, empresa em que o motorista do caso citado acima trabalha, para entender.
Condutas que levam ao bloqueio
- Contato físico: A orientação é que não haja toques em desconhecidos nem em ninguém que o passageiro tenha acabado de conhecer durante o uso do aplicativo. São permitidas poucas exceções para pessoas que precisarem quando solicitarem assistência física ou quando o contato físico limitado é inevitável, como durante certas viagens de moto. Ferir ou tentar ferir alguém é sempre intolerável.
- Violência e má conduta sexual: Comentar sobre a aparência, seja do motorista ou do passageiro, também é visto como má conduta. Fazer perguntas íntimas, fazer comentários ou gestos explícitos, paquerar ou exibir materiais indecentes também são proibidos, mesmo que seja com alguém conhecido.
- Ameaças e comportamento grosseiro: Comportamentos agressivos, conflituosos, assediantes, atos desrespeitosos, ameaçadores ou inapropriados também são motivos para denúncia. Inclusive, opiniões potencialmente polêmicas devem ser evitadas, como, por exemplo, política e religião.
- Discriminação: Discriminar alguém com base na idade, cor da pele, deficiência, identidade de gênero, estado civil, gravidez, nacionalidade, raça, religião, sexo, orientação sexual, local de moradia, preferência política ou outra característica que seja protegida pela legislação pertinente também é proibido.
Os dois foram suspensos da plataforma
Sobre o caso da última semana, em nota, a Uber informou que “lamenta o caso e considera inaceitável o comportamento das partes registrado no vídeo compartilhado. As contas foram suspensas enquanto aguardamos pela apuração do caso”.
Leia a nota completa:
“Esperamos que motoristas parceiros e usuários não se envolvam em brigas e discussões e que contatem imediatamente as autoridades policiais sempre que se sentirem ameaçados ou entenderem estar sendo vítimas de ações ilegais, como fraudes ou golpes. Ofender e agredir a outra parte são claras violações do Código da Comunidade Uber e são atos que podem levar à desativação permanente das contas envolvidas.
Os motoristas parceiros têm permissão para instalar câmeras ou utilizar dispositivos de gravação de imagens para fins de segurança e são claramente instruídos a como tratar tal tema do ponto de vista de respeito à privacidade do usuário. Isso inclui a proibição expressa de gravar viagens a fim de publicá-las nas redes sociais ou em qualquer outro fórum público. Tal prática também representa uma clara violação do Código da Comunidade que pode levar à desativação.
Por fim, é importante esclarecer que não existe função de ‘pagar na próxima’. O app apenas permite que o motorista informe as situações em que o usuário não honrou o pagamento. Isso cria um débito na conta do usuário, mas é uma opção do motorista, não uma escolha que cabe ao usuário. Esse recurso foi criado em 2019 pensando em ajudar os motoristas parceiros com troco e não a incentivar que usuários deixem de pagar viagens. Como em qualquer serviço, a responsabilidade pelo pagamento é do tomador do serviço. Solicitar viagens sem fazer o pagamento também pode levar ao bloqueio da conta do usuário.
A Uber não recomenda que motoristas utilizem essa opção com frequência e sem real necessidade. A Uber orienta que motoristas e usuários evitem conflitos e que, sempre que necessário, as partes envolvidas reportem o ocorrido no aplicativo pelo Menu Ajuda”.
Relembre o caso
O vídeo em que Giovana Ogando, dona da Evoé Café, em Goiânia, aparece cuspindo em um motorista de aplicativo viralizou nas redes sociais.
Nas imagens, Giovana aparece entrando no veículo com sua mãe e perguntando ao motorista, Luiz Oliveira, se ele teria R$ 30 de troco, porque ela pagaria em dinheiro. No entanto, o homem afirma que não tem o valor. A passageira diz então que não pagaria, deixando que a conta fosse debitada em uma próxima corrida.
O motorista responde que aceita Pix e que não trabalha mais com essa função que permite o passageiro pagar pela corrida em um outro dia.
Quando Giovana informa ele de que não seria possível fazer o pagamento via Pix, Luiz pede para que elas desçam do veículo e solicitem um novo motorista.
É quando a empresária abre a porta do carro para a mãe descer e afirma: “Nossa, Luiz, mas você é um filho da put* mesmo, né?!”, cuspindo no ombro do homem, em sequência.
Da mesma forma, o motorista devolve o xingamento e cospe em Giovana, que saí do carro desferindo insultos ao homem. Ele desce do veículo e a discussão continua do lado de fora.
Luiz divulgou a gravação nas redes sociais dois dias após o ocorrido e escreveu: “A caloteira de Uber tentando me dar um golpe, vamos deixar ela famosinha”.
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