Moradores do bairro Chácara Cachoeira, em , entraram com um pedido de na Justiça para tentar adiar a construção de prédios na região. Eles pedem a realização de audiência pública para debate do Estudo de Impacto de Vizinhança.

Os moradores do bairro são contra a construção de prédios por lá, alegando risco à privacidade, trânsito e mobilidade. Há meses a discussão se arrasta, principalmente após um empreendimento entrar com pedido na (Agência de Meio Ambiente e Planejamento Urbano do Município de Campo Grande) para construção de prédios no bairro.

No pedido à justiça, a Associação Auditar Brasil alega que não foi realizada uma audiência pública para apresentação e debate de um novo Estudo de Impacto de Vizinhança. Esse estudo foi editado após a primeira audiência realizada em fevereiro de 2023 e que recebeu contribuições de moradores.

“Trata-se de uma afronta a direitos constitucionais e legais, uma vez que é assegurado a todos os habitantes da cidade o direito de participar de forma compartilhada do planejamento urbano municipal, na medida em que empreendimentos de grande porte, sujeitos ao estudo de impacto de vizinhança, produzem efeitos negativos no trânsito, no valor dos imóveis, na desvalorização de bairros, na paisagem urbana, entre outras”, destaca parte do pedido.

Moradores protestaram na Câmara de Vereadores

Em 16 de junho moradores do bairro Chácara Cachoeira foram à Câmara de Vereadores de Campo Grande protestar contra a verticalização do bairro. Com faixas, eles pediram que não sejam construídos prédios no bairro.

Os moradores argumentam que o bairro é uma área residencial e existe uma preocupação na desvalorização dos imóveis. Além disso, citam que a região é tranquila e o surgimento de construções verticais pode atrapalhar o trânsito e a mobilidade. 

O representante do bairro, o juiz Marco Antônio Mendes, que mora na Chácara Cachoeira há 20 anos, aponta que uma construtora planeja levantar um prédio em uma rua sem saída, o que confinaria os moradores no trânsito. 

“A construção dos prédios vai atrapalhar o sombreamento e a captação de elétrica pelas placas solares, além da perda de privacidade”, cita o representante de bairro.