Com proposta de marketing publicitário extremamente ousado, uma loja de chamou a atenção de quem passava pelo centro e também por alguns pontos conhecidos da maior cidade do interior de , nesta quarta-feira (29).

Com três mulheres vestidas com fetichistas, a campanha fez ensaios fotográficos na Praça Antônio João, no letreiro do Parque do Lago (Antenor Martins) e o tradicional ‘prédio das araras', localizado na Avenida Weimar Gonçalves Torres.

Nas imagens que foram divulgadas pela própria loja, que vende produtos de sexshop, o trio aparece com trajes inusitados e não passou despercebido. A iniciativa dividiu a opinião dos observadores e gerou polêmica.

“Acho isso muito legal porque tira a monotonia da cidade e ainda dá uma cutucada nos conservadores”, comenta uma funcionária pública, que aprovou a campanha, ressaltando o choque de realidade com a cultura local.

Por outro lado, teve gente que não poupou ao marketing da loja. “Para quê mostrar essas coisas nas ruas da cidade? Quem quer fazer esse tipo de sem-vergonhice, que faça dentro da sua própria casa, não precisa ficar fazendo propaganda”, relata uma dona de casa que frequenta as missas na Praça Antônio João.

‘Desconstruir tabus'

Procurada pela reportagem do Jornal Midiamax para falar sobre o marketing da loja que funciona há nove anos na região central da cidade, a proprietária explicou que o objetivo é promover a inauguração de uma nova sala na loja.

“A empresa tem um compromisso pra desconstruir certos tabus e preconceitos que envolvem o sexo, principalmente fetiches e fantasias mal vistas pela sociedade, que muitas vezes não tem informação suficiente sobre o assunto”, explica Tais Lima, proprietária da loja que emprega quatro funcionárias.

‘Universo mal explorado'

Segundo Taís, em conversa com a reportagem do Jornal Midiamax, a ideia era usar roupas fetichistas, de couro e com acessórios em pontos que são referência em Dourados. “Queremos trazer um pouco mais desse universo mal explorado pra nossa cidade”, comenta a empresária.

Questionada a respeito da reação das pessoas, Taís diz que as campanhas mais ousadas, iniciadas há seis anos, não foram fáceis. “Sofremos muitas críticas. Aos poucos as pessoas começaram a entender nosso propósito: trazer um pouco mais de leveza e tratar o sexo com naturalidade”, relata.

A empresária diz que a cidade já comporta esse tipo de mercado “Temos muitos clientes que são praticantes dos mais diversos fetiches. Inclusive vários deles descobrimos através desses clientes. Podíamos vender nossos produtos bem quietinhas e agradar a maior parte da população, mas não é nosso propósito”, ressalta Tais.