Kraken: Variante mais ‘potente’ da covid não tem casos em MS e segue na mira da Saúde

Recomendada para barrar cepa da covid, vacina bivalente foi aplicada em menos de 30% do público-alvo

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Teste de Covid (Midiamax, Arquivo)

A versão mais transmissível e ‘potente’ da Covid-19, também conhecida como Kraken, não foi identificada, até o momento, em Mato Grosso do Sul. Entretanto, segue no monitoramento das autoridades de saúde, que recomendam a vacina bivalente – que também protege contra a variante Ômicron – como forma de evitar o aumento de casos.

De acordo com a SES (Secretaria de Estado de Saúde), foram aplicadas no Estado 70 mil doses da vacina Bivalente, correspondente a somente 29,5% do público apto para receber o imunizante.

Segundo dados do Boletim Epidemiológico da SES, divulgado na última terça-feira (4), Mato Grosso do Sul registrou, em 2023, 16.576 mil casos confirmados de Covid-19. Em Campo Grande, foram 187 casos novos entre março e abril desse ano, em contrapartida, a vacinação contra a doença segue estagnada, atingindo baixa cobertura nas doses de reforço nos últimos meses.

Sobre a variante

A nova subvariante da Covid-19, conhecida como Kraken, começou a se expandir pela Europa e Estados Unidos, no começo de 2023. Aqui no Brasil, a variante foi detectada, pela primeira vez, no dia 5 de janeiro. O vírus foi identificado em uma mulher de 54 anos, que mora no interior de São Paulo, estado que faz divisa com Mato Grosso do Sul por Três Lagoas e Bataguassu. Apesar disso, não houve confirmação oficial até o momento de infectados pela Kraken no Estado.

O surgimento da Kraken coincidiu com o relaxamento da política de “covid zero” na China, o que tem feito a quantidade de infecções explodir no país asiático. A escalada de casos é explicada pelo baixo contato prévio dos chineses com a doença, as lacunas na cobertura das doses de reforço e ainda a não aplicação de vacinas de outras tecnologias, como a de RNA, presente nos produtos das farmacêuticas Pfizer e Moderna.

Perdendo força

Diferente do início da pandemia, quando a doença comprometia as vias aéreas inferiores e resultava em um agravamento severo dos pulmões, agora, os sintomas identificados geralmente atingem as vias aéreas superiores, limitando-se a sintomas de resfriados, centralizados no nariz e garganta.

O infectologista da Sesau, Rodrigo Nascimento Coelho, em entrevista para o Jornal Midiamax, explicou que as doses de vacinas aplicadas até o momento são responsáveis pela diminuição nos sintomas. “Parece que a cobertura vacinal tem a ver com isso. Quanto mais eficaz a cobertura, menor a chance de hospitalização e de gravidade”, completa.

Fogem à nova realidade apenas pessoas idosas e com comorbidades, que ainda desenvolvem quadros mais graves da doença. “Para essas pessoas sempre fica a necessidade de usar máscara, evitar aglomerações e o transporte, por exemplo. É um cuidado individual”, detalha o infectologista. 

Vacinação Covid-19

Gestantes, puérperas que deram à luz há até 45 dias e pessoas com comorbidades a partir dos 12 anos também estão elegíveis para a vacina bivalente da Covid-19. 

O imunizante é ministrado conforme o cronograma, ou seja, quem tem seis meses ou mais e não recebeu nenhuma dose da vacina, ou iniciou o ciclo vacinal e já cumpriu o intervalo recomendado pelos fabricantes também será vacinado. 

Haverá o primeiro reforço para quem tem 12 anos ou mais e já tomou a primeira dose há pelo menos quatro meses, assim como a quarta dose, ou segundo reforço, para quem tomou a terceira dose há quatro meses.

No caso da primeira dose, a recomendação é se cadastrar no site da prefeitura. Já aquele que tomou outras doses em outros municípios também precisa se cadastrar.

Os postos abrem às 7h30 e param para o almoço às 11h, retomando o serviço às 13h e encerrando às 16h45.

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