Internações por covid mais que dobram e Mato Grosso do Sul entra em alerta nacional

MS é um dos cinco estados que tiveram alta de internados em 3 semanas

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Campo Grande vive crise de doenças respiratórias. (Foto: Divulgação/SES)

Nas últimas três semanas, o número de pessoas hospitalizadas por covid-19 em Mato Grosso do Sul mais que dobrou e reacendeu alerta para o avanço da doença. De acordo com a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), o Estado foi um dos cinco do País que apresentaram aumento no índice de internações.

Ao lado de Mato Grosso do Sul, mantiveram tendência de elevação o Amazonas, São Paulo, Ceará e o Rio de Janeiro, é que aponta último Boletim Infogripe. O Pará também começa a dar sinais de aumento. 

Análise dos últimos boletins epidemiológicos da SES (Secretaria Estadual de Saúde) comprovam a realidade. No dia 21 de fevereiro, por exemplo, eram apenas oito internações por covid-19 no Estado, cinco delas, em unidades públicas de saúde. Do total, três pacientes ocupavam leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva). 

Uma semana depois, novo balanço já listava 14 hospitalizados, quase o dobro que sete dias antes. Do total, 10 permaneciam em leitos clínicos e o restante recebendo atendimento em UTI, novamente, a maioria, 11 ao todo, estava em unidade de saúde pública. 

Por fim, último boletim divulgado pela SES, em 7 de março, manteve a linha de elevação, com registro de 18 internações em Mato Grosso do Sul, mais que o dobro do que duas semanas antes. 

Até agora, o novo coronavírus já matou 11.016 pessoas no Estado e 607.776 confirmações da doença já foram identificadas desde o início da pandemia. 

Síndrome respiratória

Além de internações, outra preocupação do setor de saúde são os casos de SRAG (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que influenciam diretamente no aumento das internações. Só neste ano acometeu 903 sul-mato-grossenses e, atualmente, está em alta entre crianças de 1 a 9 anos. 

“Na Bahia, em Mato Grosso do Sul, no Paraná, em Santa Catarina e, em menor escala, em São Paulo, existe aumento nos casos positivos para rinovírus nas crianças até 11 anos”, comenta o pesquisador Marcelo Gomes, em texto divulgado pela Fiocruz.

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