Indígenas de todo o Mato Grosso do Sul estão reunidos nesta segunda-feira (3), em Campo Grande, para a eleição dos novos presidente e vice do Condisi (Conselho Distrital de Saúde Indígena). O órgão colegiado é vinculado ao Dsei/MS (Distrito Sanitário Especial Indígena).

Assim como os conselhos nacional, estaduais e municipais de saúde, o Condisi reúne trabalhadores da saúde indígena, o público atendido e representantes do Poder Público para debater a situação do serviço.

À tarde, os indígenas devem passar para a votação. Um dos candidatos é Marcelo da Silva, de 38 anos. Morador de Brasilândia, ele citou problemas que enfrenta na cidade.

“A falta de medicamentos é constante, sem contar a falta de combustível. Chega no meio do mês, a viatura não volta mais”, lamentou.

O presidente da Câmara Municipal de Sidrolândia, Otacir Figueiredo, o Gringo (PP), veio para participar do debate. “Temos uma lei federal que garante R$ 2,4 mil, mas tem servidor há 11 anos recebendo R$ 1,2 mil”, relatou.

Alder Larreira, presidente do Conselho Municipal de Direitos e de Defesa dos Povos Indígenas de Campo Grande, foi reivindicar a volta do Polo Base da Capital, desativado há alguns anos e que seria reaberto após deliberação na 6ª Conferência Nacional de Saúde Indígena, em novembro de 2022.

“Já era para ter o Polo Base. Nós, indígenas, somos atendidos pela Sesau [Secretaria Municipal de Saúde], mas é muito ruim por causa da demanda. Vamos levar isso ao Ministério Público”, comentou.

Alder também cobrou uma definição para a coordenação do Dsei. O cargo está vago desde janeiro e os indígenas querem escolher um nome. O Ministério dos Povos Indígenas acompanha a situação.