Há 13 anos sem liderança, bairro de Campo Grande se organiza para eleger novo presidente

Moradores do bairro Coronel Antonino se organizaram para pedir melhorias para a região

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Moradores do bairro durante votação (Monique Faria, Midiamax)

Após 13 anos sem liderança, moradores do bairro Coronel Antonino, região norte de Campo Grande, realizam processo eleitoral para eleger novo presidente. As eleições ocorreram na manhã deste domingo (17), na Escola Municipal Cel. Antonino.

A candidata à presidência, Tereza Armanda de 59 anos, conta que o bairro está “sangrando. As autoridades públicas não atendem uma pessoa, atendem uma comunidade. Queremos buscar qualidade de vida, segurança, estrutura e lazer, por isso é tão importante”.

Segundo ela, os moradores estão desacreditados e desanimados. O bairro está sem credibilidade devido a outros presidentes não terem ajudado a comunidade. “Tem muitas pessoas vindo aqui para conhecer os candidatos, nós vamos mostrar para que estamos chegando. A responsabilidade é grande e temos que fazer um trabalho bom. Queremos saber ouvir as pessoas e elencar as necessidades para levar ao poder público”, disse.

Liderança para buscar melhorias

O candidato à vice-presidência Evandro César da Silva, de 53 anos, explica que é necessário formar a liderança para buscar as melhorias. “Cada vez que você vai ao poder público você tem que ter uma representatividade, não temos uma associação de moradores. Isso motivou os moradores a formar uma chapa. Se você não planejar nada para o futuro do bairro, o poder público não vem atrás”.

Logo nas primeiras horas do dia, mais de 50 pessoas foram às urnas, a eleição encerrou com 67 votos favoráveis, que deu posse a Tereza e Evandro já neste domingo. O mandato é de quatro anos. “Queremos fazer um trabalho e deixar tudo redondo para que outra pessoa assuma”, destaca Tereza. A chapa é única e conta com 12 pessoas.

Uma das pioneiras do bairro, Áurea Zanardo de 63 anos, conta que foi uma das moradoras que ajudaram a conseguir asfalto. “Eu pegava assinatura do povo para fazer asfalto, aquela creche também foi porque nós trabalhamos. Trabalhamos bastante, foi difícil lançar asfalto, fizemos faixas, cartazes, falei com um deputado e conseguimos reativar o asfalto para mais ruas na época”, conta, sem mensurar o ano exato para as conquistas ao lado dos vizinhos. Agora, ela espera por melhoras.

“Seria muito útil ter presidente porque não temos representante. Isso faz muita falta, de quem vamos cobrar? Pra quem você vai falar? As pessoas perguntam: Qual é o presidente do seu bairro? e não temos. Agora vai ser ótimo”, comemora Tancredo Luis França, de 63 anos.

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