Funcionários da Santa Casa denunciam infiltração e remédios no chão em uma farmácia do hospital
Funcionários também cobram adicional de insalubridade por terem contato com o CTI duas vezes por dia
Thalya Godoy –
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A precariedade de uma farmácia na Santa Casa de Campo Grande gerou preocupação em quem trabalha na sala do primeiro andar do hospital. Vídeo enviado pelo Canal Fala Povo mostra rachaduras, infiltração, teto aberto, piso molhado e medicamentos sendo armazenados no chão, sob o risco de contaminação com bactérias.
De acordo com informações de um funcionário que não quis se identificar, a farmácia fornece medicamentos para oito salas de CTIs (Centro de Terapia Intensiva) do primeiro andar e que os profissionais da farmácia não recebem adicional de insalubridade por entrarem duas vezes por dia nesses locais.
“O CTI é onde está concentrado a maior parte das bactérias do hospital, tem CTI onde tem vários paciente com tuberculose, sem dizer que temos contato direto com a enfermagem, esses dias pegamos uma prescrição contaminada com sangue que um técnico de enfermagem trouxe na farmácia para pegar medicamentos”, ele reclama.
O que diz a Santa Casa?
Em nota, a Santa Casa informou que o “fato mencionado” é um incidente pontual e que um cano estourou no andar de cima da farmácia, o que resultou no vazamento que foi contido pela equipe de infraestrutura do hospital.
“Por conta do acaso, as estantes e prateleiras que armazenam os medicamentos precisaram ser movidas para a limpeza do local e os demais reparos necessários após o escoamento no setor já foram solicitados para a manutenção. Portanto, as fotos enviadas estão fora do contexto real.
Quanto à questão do recebimento do adicional de insalubridade, esclarecemos que a Santa Casa de Campo Grande cumpre todas as normativas legais, sendo inclusive fiscalizada pelo Ministério Público do Trabalho.
Ressaltamos que o Serviço Especializado em Engenharia da Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) do hospital faz um mapeamento dos profissionais que ficam expostos a situações insalubres com 50% ou mais da sua jornada de trabalho, e os colaboradores daquela farmácia satélite não fazem parte deste grupo”, finaliza a nota.
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