Fumaça dos incêndios deixa qualidade do ar ruim e Campo Grande deve ter chuva ácida

Índice deve melhorar conforme chuvas ocorram em Campo Grande

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A qualidade do ar em Campo Grande nesta segunda-feira (20) é ruim, devido à alta concentração de fumaças advindas dos incêndios no Pantanal. Desde sexta-feira (17), a qualidade do ar caiu consideravelmente, o que vai contribuir para que a capital tenha o fenômeno conhecido por chuva ácida.

Os dados são da Estação de Qualidade do Ar da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e o professor de Física e doutor em Geofísica Espacial, Widinei Alves Fernandes, explica que o índice é calculado com base nas últimas 24 horas e chegou a 92 ruim às 6h30 desta segunda.

Com a ocorrência de chuvas e aumento da umidade relativa do ar, a tendência é de que a qualidade do ar melhore nas próximas horas. Porém, essa primeira chuva forte deve ser ácida, que é quando há maior concentração de dióxido de carbono na atmosfera e que se dissolve na água.

“É preciso que chova para lavar a atmosfera e essa primeira chuva tende a ser ácida. Pode acontecer da água de piscinas ficar suja devido a essa qualidade do ar ruim”, explica o professor da UFMS.

Ar em Campo Grande é bom

Normalmente a qualidade do ar de Campo Grande é considerada boa, sendo os incêndios e fumaça de veículos os principais fatores que contribuem para piora da qualidade do ar. Essa é a primeira vez no ano em que a qualidade do ar chega ao nível de ruim.

A última vez que a Qualiar registrou índice de muito ruim em Campo Grande, foi em setembro de 2022, pelo mesmo motivo de agora: fumaça vinda das queimadas na região do Pantanal.

Incêndios assolam o Pantanal

Nas últimas 48 horas, o satélite de referência do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) detectou 356 focos ativos de queimadas em Mato Grosso do Sul. Em 24 horas, Mato Grosso do Sul registrou 837 focos de calor na região do Pantanal, conforme dados do Boletim Risco de Incêndio da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), divulgado neste domingo (19).

A maior incidência de focos de calor foi registrada no município de Miranda (420), seguido de Corumbá (236), Aquidauana (173) e Porto Murtinho (8).

O foco de calor não necessariamente indica um incêndio, mas devido às altas temperaturas pode haver probabilidade de fogo, por isso as áreas de risco são monitoradas.

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UFMS Campo Grande