Falta de ambulância deixa jovem com joelho deslocado e idoso que sofreu AVC à espera de resgate
Nos dois casos em Campo Grande foi informado que não há previsão para envio de ambulâncias
Thalya Godoy –
Uma adolescente de 15 anos que deslocou o joelho ao cair em casa e um idoso de 77 anos que sofreu um AVC (Acidente Vascular Cerebral), esperam sem previsão o socorro de uma ambulância, em Campo Grande, nesta segunda-feira (10).
Uma adolescente de 15 anos, moradora do bairro Caiçara, em Campo Grande, aguarda há mais de uma hora o resgate depois de ter caído na cozinha de casa e ter deslocado o joelho.
De acordo com a tia da menina, Ana Paula Magal, a família ligou para o Corpo de Bombeiros e o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência), mas não há previsão de quando uma ambulância poderá ser enviada.
“O joelho dela está fora do lugar e não consegue levantar. Ela grita muito”, diz a tia.
O drama de esperar o socorro sem previsão na tarde desta segunda-feira é compartilhado pela família de um idoso de 77 anos, que sofreu um AVC.
O homem está internado na UPA Moreninhas e aguarda uma ambulância para ser levado para a Santa Casa, onde já há vaga para o idoso.
A família teme que a demora possa tornar as sequelas do AVC permanentes. “O médico falou que não pode deixar passar de 4 horas porque podem ser irreversíveis”, afirma o filho Lielson Coura.
O Midiamax entrou em contato com o Samu e o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso do Sul para entender o motivo da demora dos resgates.
Confira abaixo a nota da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), responsável pelo Samu.
“No momento da chamada, todas as viaturas do SAMU encontravam-se em atendimento. Haviam ocorrências de maior gravidade em espera para atendimento. A informação é de que a paciente encontrava-se estável, sem gravidade. Atualmente, o SAMU opera com 11 viaturas que são empregadas no atendimento de vítimas de acidentes de trânsito, emergências clínicas e no transporte interhospitalar de pacientes.
Em média, o serviço recebe 20 mil ligações e realiza 4 mil atendimentos dos mais variados níveis de complexidade. O tempo de atendimento varia de acordo com a complexidade e gravidade da ocorrência. O tempo médio para atendimento de casos de urgência é de 20 minutos. Em relação ao paciente na UPA Moreninhas, saiu a vaga de transferência dele para o Hospital Universitário no início da tarde e está em fila para transporte”, diz a nota.
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