Se a realidade do pedestre ou dos veículos que passam pelas ruas do Noroeste, em , é difícil, para quem tem o direito de ir e vir impedido devido às condições das vias do bairro é de calamidade. A cadeirante Gladis Diniz Peralta, de 36 anos, está de sete meses e já perdeu consultas médicas por não conseguir sair de casa devido a estragos causados na cadeira de rodas motorizada.

Em dias de chuva, uma poça de água permanece na frente da residência e em dias de calor a rua sem asfalto dificulta a passagem pela poeira e cascalhos que cortam o pneu da cadeira motorizada.

“Eu não aguento mais gastar com remendo do pneu. Não é todo lugar que faz a e as peças são caras. Minha cadeira está sendo destruída pelas ruas desse bairro. Recentemente eu procurei a habitação do município pedir para trocar de casa, por uma onde tenha asfalto, mas me disseram que nada podia ser feito, que era para eu desapegar da cadeira. Eu não tenho carro, ando de ônibus”.

Manutenção frequente

Cada remendo nos pneus custa em média R$ 35, entretanto, a manutenção tem sido frequente para mulher que mora há 12 anos na Rua Ataulfo Paiva. A via não tem previsão de ganhar asfalto. Nesse período, ela convive com o desafio de passar por erosões criadas pela chuva e o medo de sofrer um acidente.

“Esses dias quase queimou o motor porque precisei ir de um bairro para o outro, passo pelas ruas com buraco. Não consigo ir na consulta do posto quando chove. Eu só queria morar em uma rua com asfalto”, lamentou.

Estragos do temporal

A região está na lista de bairros mais atingidos pelo temporal histórico que atingiu Campo Grande há cinco dias. Crateras ameaçam alcançar casas, com risco de desmoronamento. Uma equipe do município deve começar a atuar no local nesta segunda-feira (9). De acordo com o secretário municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos, Rudi Fiorese, os trabalhos de limpeza e recuperação dos estragos deixados pelo temporal seguem nesta segunda.

“Os bairros Noroeste e Nova Lima devem ser atendidos hoje. Na cratera no Noroeste, máquinas vão trabalhar para aterrar o buraco aberto”, disse o secretário sobre a recuperação dos danos, cinco dias após as chuvas.

Jornal Midiamax mostrou no domingo (8) que moradores do cruzamento da Rua Pinheiro Machado com a Rua Água Funda estão perdendo o sono com medo de uma de aproximadamente 5 metros de profundidade, que aumenta a cada dia, ameaçando a integridade de residências.

*Com Priscila Peres.