Em nível de alerta, Campo Grande implementa atenção primária em 15 unidades de saúde
Sete bairros registram nível muito alto em risco da proliferação do mosquito
Karina Campos –
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O Comitê de Enfrentamento à Dengue de Campo Grande apresentou nesta terça-feira (18) novas ações de combate à doença e maneiras de amenizar o crescente aumento de casos. Uma das principais medidas será a implementação de 15 unidades de atenção primária para atender pacientes com sintomas leves.
Conforme a superintende de Vigilância em Saúde Municipal, Veruska Lahdo, o período da endemia favorece a lotação de UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), portanto, as unidades de atenção primária devem desafogar a lotação para aqueles que estão nos primeiros dias de sintomas, enquanto os casos graves continuam sendo atendimentos em UPAs.
A implementação acontece na CF (Clínica da Família) Iracy Coelho, CF Portal Caiobá, CF Nova Lima, UBF (Unidade Básica da Família) Batistão, UBF Coophavila, USF (Unidade de Saúde Familiar) Itamaracá, USF Noroeste, USF Jd. Presidente. USF Moreninha, USF Oliveira, USF Paulo Coelho Machado, USF Santa Emília, USF Tiradentes e USF Vida Nova.
Ladho alerta que as unidades têm sofrido impacto significativo na lotação, nas últimas semanas, cerca de mil pacientes por dia procuram uma UPA com sintomas de dengue, zika ou chikungunya. Campo Grande está em nível dois de alerta atualmente, com índices de moderado a muito alto em todas as regiões.
O mosquito-da-dengue se adapta para proliferação em áreas de mata próximas do urbanismo, como os terrenos baldios, como explica o coordenador estadual de Vetores, Mauro Lúcio Rosário. Na Capital, os maiores registros estão em bairros de alta extensão em construção como o Noroeste, Chácara dos Poderes, Jardim Caiobá, Los Angeles, Maria Aparecida Pedrossian e Nova Lima.
Força-tarefa
Pela manhã, agentes de saúde passaram por palestras e orientações sobre as novas medidas reforçadas. Segundo o secretário da Sesau, Sandro Benites, as ações estão sendo implementadas desde o mês de março, após a divulgação dos dados do LIRAa (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti).
“Estamos fazendo um trabalho de conscientização, envolvendo a sociedade organizada, civil e militar. Por exemplo, a Secretaria de Educação, estamos dando andamento no trabalho nas escolas para que as crianças se tornem, dentro de casa, um agente de combate a endemias. Estamos vivendo uma endemia, as unidades de saúde públicas e privadas estão lotadas, já tivemos dois óbitos este ano”, disse.
Fazem parte do comitê todos os setores da Sesau, Guarda Municipal, repartições públicas, Exército Brasileiro, Aeronáutica, Polícia Militar, Solurb, Corpo de Bombeiros, conselhos municipais e empresas público-privadas.
Ações apresentadas
- Reforço na campanha nacional Mosquito Zero;
- Aumento de médicos em UPAs e CRSs;
- Apoio do Exército;
- Vistoria em escolas;
- Capacitação de manejo para servidores.
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