Em tempos de mudanças tecnológicas, muitas profissões correm o risco de deixar de existir. O contrário acontece com profissionais técnicos em segurança, que estão cada vez mais visados e vivem mercado ‘aquecido'. Com isso, um trabalhador neste ramo pode ganhar acima da média em . Conheça mais sobre essa profissão, que tem seu dia de homenagem no dia 27 de novembro.

Regulamentada no dia 27 de novembro de 1985, pela Lei 7.410, o exercício da profissão do Técnico de Segurança do é permitido a pessoas que tenham concluído o curso em nível médio, com carga horária mínima de 1.200 horas.

De acordo com o consultor de Inovação a Educação Profissional do Senac, Nilson Oliveira Narezi, a importância desses profissionais se dá na elaboração e implementação de políticas de saúde e segurança do trabalho.

“Esses profissionais realizam diagnóstico da situação de SST [Saúde e Segurança do Trabalho] da instituição, identificam variáveis de controle de doenças, acidentes, qualidade de vida e meio ambiente”, afirma.

Ao investigar e analisar acidentes de trabalho e doenças ocupacionais, os técnicos conseguem propor medidas de prevenção e controle, além de participar do processo de adoção de tecnologias nas empresas. Outra função desses profissionais é de desenvolver ações educativas na área.

Formação e área de atuação

Para atuar como técnico de segurança do trabalho, é preciso concluir o curso de nível médio, que tem duração mínima de 18 meses. Durante o curso, o aluno aprende a analisar o ambiente de trabalho, as instalações e os processos laborais.

Dessa forma, o profissional da área é capaz de desenvolver atividades com colaboradores de diferentes setores da organização, contribuindo para a saúde física, mental e psicossocial desses trabalhadores.

Dentre as áreas de atuação, estão organizações públicas e privadas, de diversos setores; prestador de serviços autônomos; ou empregador, integrando equipes multiprofissionais.

Os principais campos de atuação desses profissionais são indústrias, construção civil, empresas prestadoras de serviços, comércio e empresas de transporte.

Mercado de trabalho e salário em Mato Grosso do Sul

Segundo Nilson Oliveira, o mercado para o Técnico de Segurança do Trabalho está aquecido em Mato Grosso do Sul, com uma alta demanda por esses profissionais.

“No comparativo entre os meses de setembro de 2022 e setembro de 2023, tivemos um aumento de 16.35% nas contratações formais com carteira assinada em regime integral de trabalho”, afirma.

A faixa salarial para profissionais do ramo fica entre R$ 3.166,36 (média do piso salarial de 2023) e o teto salarial de R$ 5.309,26. Em Mato Grosso do Sul, um técnico em segurança do trabalho ganha em média R$ 3.255,27, para uma jornada de 44 horas semanais.

“Um Técnico em Segurança no Trabalho trabalhando no estado do Mato Grosso do Sul ganha em média R$ 3.255,27 para uma jornada de trabalho de 44 horas semanais e tem como principais campos de trabalho indústrias, empresas do ramo de construção civil, empresas de comércio e serviços, empresas de transportes entre outras”, explica Nilson.

Cenário promissor pelos próximos anos

O presidente do Sintest/MS (Sindicato dos Técnicos em Segurança do Trabalho de Mato Grosso do Sul), André Luiz Ferreira, de 47 anos, enxerga o cenário de trabalho no Estado promissor para os próximos cinco anos, principalmente com as novas indústrias, como em Ribas do Rio Pardo.

“A gente enxerga um cenário de muita demanda para pouca oferta, com as escolas formando muitos profissionais e muitos acabam não entrando na área. Mas, subjetivamente, a gente enxerga um cenário crescente, gradativamente”, afirma o representante do sindicato.