Cortejo de carros marca despedida de Pyetro Gabriel, que morreu após picada de escorpião

Morte de Pyetro gerou comoção em Ribas do Rio Pardo e acendeu o alerta para a presença de escorpiões

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Pietro faleceu uma semana depois de ser picado pelo escorpião. (Reprodução Redes Sociais)

Com a presença de familiares, professores e amigos da escola, a cidade de Ribas do Rio Pardo, a 97 km de Campo Grande, se uniu para a despedida do pequeno Pyetro Gabriel Arguelho, de 5 anos, que morreu nesta terça-feira (22) após ser picado por um escorpião. O sentimento de perda foi compartilhado pelos moradores em um cortejo de carros.

O velório ocorreu durante a manhã desta quarta-feira (23) e foi encerrado por volta das 11h25. Segundo informações do portal “Notícias do Cerrado”, centenas de moradores se reuniram em um culto, expressando sua solidariedade diante da tragédia.

Mesmo abalado, Max Jonatham, pai de Pyetro, agradeceu à comunidade pelo apoio prestado e pelas preces oferecidas em memória de seu filho.

“Valorize a sua família e seus filhos. Sempre pensei que quando tivesse um filho seria o melhor pai possível e fiz isso por ele”, disse emocionado.

velório
Cortejo após o velório de Pyetro (Foto: Reprodução/Notícias do Cerrado)

Sentimento Coletivo

A partida de Pyetro gerou comoção em toda a cidade de 23.150 habitantes. Durante o velório, mais de 50 igrejas marcaram presença, para prestar apoio a família enlutada.

Colegas de turma do garoto também estiveram presentes e, por meio de desenhos e mensagens, prestaram a última homenagem ao amigo.

Após o velório, Pyetro foi sepultamento no Cemitério Municipal de Ribas do Rio Pardo, o trajeto foi marcado por um cortejo que reuniu dezenas de veículos, simbolizando a solidariedade e a comoção que tomou conta da cidade.

O caso

Pyetro Gabriel Arguelho, morreu após ser picado por um escorpião, em Ribas do Rio Pardo. A criança de 5 anos foi ferroada pelo animal peçonhento quando calçava o sapato para ir à escola, no último dia 15, e faleceu na última terça-feira (22), no Hospital Regional, em Campo Grande.

Ele teria sido encaminhado primeiramente para o Hospital Municipal Dr. José Maria Marques Domingues, mas foi transferido para a Capital devido à gravidade do caso.

Procure um médico

Levantamento do Civitox MS (Centro Integrado de Vigilância Toxicológica de Mato Grosso do Sul) aponta 3.205 ataques de escorpiões em 2022, sendo 1.101 em Campo Grande.

O responsável clínico do Civitox MS e professor adjunto de dermatologia da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), Alexandre Moretti de Lima, explica que a primeira coisa a fazer após uma picada de escorpião é procurar imediatamente o atendimento de emergência para verificar a gravidade do acidente.

“É importante levar o escorpião porque no posto de saúde vai tirar foto e mandar para os biólogos do Civitox para analisar a espécie”, ele orienta.

Geralmente, com o uso de pá ou vassouras, as pessoas empurram o escorpião para dentro de um frasco.

Alexandre afirma que a maioria dos casos é leve e os tratamentos geralmente são para dor. Contudo, há uma parte de casos moderados e graves que necessitam de soro antiescorpiônico.

Como evitar o escorpião?

Campo Grande ainda não vive a época mais propícia para aparecimento de escorpiões, que seriam primavera e verão. Contudo, como o inverno no Estado tem a tendência de ser mais quente, alguns animais saem das tocas, bueiros, esgotos e caixas de gordura à procura de alimentos.

“É importante manter o condicionamento dos lixos sempre fechados, armazenados em locais específicos, evitar entulhos, deixar sempre limpo terrenos baldios. Em casa, é fundamental fechar ralo, frestas, colocar água sanitária nos ralos, nos buraquinhos em que eles podem sair, diminuindo a proliferação”, explica o especialista.

Todas essas dicas são importantes para evitar o aparecimento de escorpiões e dos insetos, como baratas e moscas – que são os alimentos do animal peçonhento.

“A dedetização ajuda a controlar os insetos. Se controla os alimentos, você não traz o escorpião para próximo do ser humano”, afirma Alexandre.

Ele também ressalta a importância de monitorar as crianças, já que elas são as mais vulneráveis para casos graves. Os sintomas iniciais que indicam sinal da gravidade são náuseas, vômitos, salivação e palidez.

Serviço:

Para orientação ou tirar dúvidas, os telefones do Civitox são (67) 3386-8655, 0800-722-6001 e 150.

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