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Cotidiano

Coração do negócio, computadores ficam de lado para lan houses seguirem ‘vivas’ em Campo Grande

Para não fechar as portas, lan houses se reinventaram e passaram a priorizar serviços gráficos, de manutenção e vendas de eletrônicos
Gabriel Neves -
lan house cyber computador
Antes ocupando toda a sala, computadores apenas 'enfeitam' entradas de lan houses em Campo Grande. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Muito frequentada no passado, a sensação para muitos é de que as lan houses deixaram de existir em . Renovadas e deixando os computadores como segundo plano, os cybers seguem vivos e espalhados por toda a Capital.

Seja nos bairros ou na região central, é fácil encontrar duas portas com alguns poucos computadores nas entradas. As faixadas com imagens de jogos e redes sociais deram lugar às ofertas de serviços: impressão, segunda via, contas e outros.

Marcio Rogeres da Silva, de 46 anos, é proprietário da Diel Cyber há 25 anos e vivenciou todas as mudanças necessárias para continuar no ramo sem precisar fechar as portas.

Sempre no mesmo endereço, foram várias as noites em que trabalhou até mais tarde por conta dos famosos ‘madrugadões’, onde diversos adolescentes se reuniam para virar a noite jogando nos computadores.

lan house Marcio Rogeres
Marcio Rogeres conta que negócio mudou e clientela também. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Para suprir essa demanda, o espaço onde ele trabalha era preenchido por cerca de 20 máquinas. Todas sempre utilizadas, com poucas vagas, principalmente aos finais de semana.

Hoje, a clientela mudou, a demanda se renovou e a oferta passou a ser outra.

Com grande parte dos clientes passando a ter um computador ou celular, não é mais necessário sair de casa para jogar com os amigos. Assim, o grande número de computadores deu lugar a impressoras, prateleiras e salas de fotografia.

Computadores restantes são ligados poucas vezes em lan houses

Apesar de poucos, ao entrar em um ‘novo cyber’ é fácil encontrar alguns computadores prontos para uso.

Agora, o público é outro, os adolescentes sedentos por uma hora jogando se tornaram jovens tentando formatar trabalhos ou adultos tentando resolver algum problema online.

Mirian Garcia é uma das que acompanhou de perto essa transição. Proprietária da Matriz Cyber Café, já nem possui jogos instalados em suas máquinas, pois os poucos que aparecem para usá-las, não buscam diversão.

“A galera aparece mais para resolver alguma coisa online, editar um trabalho, nem temos mais jogos nas máquinas. A maioria vem para os serviços gráficos”, explicou Garcia.

lan house Mirian Garcia
Mirian Garcia está no ramo desde 2006. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Em pouco tempo dentro do espaço é possível visualizar a fala da proprietária. Primeiro um cliente buscava tirar cópias, minutos depois outro aparece parar imprimir um boleto.

Saem os computadores, entram as impressoras

Sem mais clientes buscando as horas em jogos e redes sociais, os cybers passaram a dar espaço para impressoras e prateleiras. Serviços gráficos e vendas de utensílios se tornaram o carro-chefe das lan houses campo-grandenses.

Atrelado a isso, serviços de também ganham espaço e se tornam importantes na hora de fechar o caixa.

lan house eletronicos aliccec
Venda de eletrotônicos se tornou um dos carros-chefes em cybers. (Alicce Rodrigues, Midiamax)

“Manutenção de computador e celular é um serviço mais caro, então a gente consegue um lucro bom com eles, porque impressão, às vezes, o cara vem tirar uma cópia e fica R$ 0,30”, comentou Marcio.

Por fim, ele conta que passou a agregar tudo que pode, até mesmo refrigerante dá para comprar no comércio. Além disso, foto 3×4, vendas de mouses, carregadores e outros eletrônicos do tipo.

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