Tem início nesta segunda-feira (27) a aplicação da vacina bivalente contra covid-19 em Dourados, cidade a 220 km de Campo Grande. Conforme o calendário divulgado pelo município, o público-alvo da primeira etapa são pessoas de 70 anos ou mais; pessoas vivendo em instituições de longa permanência a partir de 12 anos e trabalhadores desses locais; pessoas imunocomprometidas a partir de 12 anos; e indígenas, ribeirinhos, e quilombolas a partir de 12 anos.

Vale lembrar, ainda, que a nova vacina bivalente da Pfizer, que protege tanto contra o coronavírus original como contra a variante ômicron, a mais comum, atualmente, está disponível apenas para as pessoas com o ciclo básico vacinal concluído. Ou seja, aquelas que tenham tomado, no mínimo, as duas doses iniciais.

A aplicação também requer que seja respeitado o intervalo de pelo quatro meses após a última dose de reforço ou última dose do esquema primário.

Onde se vacinar

De acordo com a Secretaria de Saúde do município, as doses estarão disponíveis normalmente nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde), assim como os outros imunizantes, das 7h às 11h e das 13h às 17h.

A vacina bivalente oferece proteção contra a variante original do coronavírus e contra as cepas que surgiram posteriormente.

Nas próximas fases, ainda sem datas definidas, devem ser incluídas pessoas de 60 anos ou mais, além das gestantes e puérperas.

Entenda o que muda com as vacinas bivalentes

Mas o que muda para os moradores de Mato Grosso do Sul e por que é importante buscar imunização com as doses bivalentes?

médico infectologista Rodrigo Nascimento Coelho, de 56 anos, atua em áreas de isolamento respiratório há quase 30 anos e vivenciou na linha de frente as fases graves da pandemia do coronavírus. Na sua concepção, a evolução deste imunizante serve para impedir uma nova onda de casos graves.

“As monovalentes já serviram bem para diminuir a gravidade da doença e hospitalização, principalmente de pessoas com doenças crônicas. Essa é a finalidade da vacina. A vacina bivalente servirá para conter as subvirastes da Ômicron, que apareceram recentemente”, explicou.

Sobre a forma com que o novo imunizante é produzido, ele explicou. “Ela é feita pela Pfizer, com o mesmo processo que foram feitas as anteriores. O que muda são vírus no qual eles trabalharam, que são as novas variantes”, disse ele.   

(Com informações da Prefeitura)