O Juiz Federal de Naviraí, Rodrigo Vaslin, esteve na manhã desta quarta-feira (12), na comunidade indígena Kurupi, que já foi alvo de dois ataques por disputa de terras neste ano.

A Justiça Federal realizou inspeção judicial, pela primeira vez, para ouvir a comunidade sobre as violações de direitos humanos sofridas pela comunidade, conforme assessor jurídico do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), Anderson Santos.

Em abril, um tratorista destruiu um galpão usado pelos indígenas para reuniões. Os destroços do barraco foram enterrados pelo tratorista, com a intenção de ocultar provas da atividade criminosa, segundo o Cimi (Conselho Indigenista Missionário).

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Indígenas já foram alvo de ataques diversas vezes (Fotos: Divulgação/ Cimi)

Há pelo menos uma década a comunidade Kurupi vive de acampamento em acampamento na beira da BR-163, aguardando a demarcação das terras.

O tekoha Kurupi, localizado dentro da Terra Indígena Dourados-Amambai Pegua II, encontra-se, há anos, com seu processo de demarcação travado. O Juiz alegou estar atento às suas necessidades dos indígenas e busca, através de decisões judiciais, fazer com que a Funai conclua o procedimento administrativo de identificação e delimitação do Tekoha parado.

A comunidade recebeu de forma receptiva o juízo federal e considerou produtiva a visita pois pôde expor, além da questão territorial, diversos outros direitos não assistido pelo administração federal.

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Comunidade espera demarcação há mais de 10 anos (Foto: Divulgação/Cimi)