Mato Grosso do Sul deve registrar 9,8 mil casos novos de câncer ao ano no triênio 2023-2025, segundo previsão é do Inca (Instituto Nacional de Câncer). Nesta segunda-feira (27), é lembrado o Dia Nacional de Combate ao Câncer

O levantamento mostra que o tumor maligno mais incidente no Estado é o de pele não melanoma, com 3.060 casos, seguido pelos de próstata (1.230), mama feminino (910) e cólon e reto (600). Em , a estimativa é de 730 casos de câncer de pele não melanoma, 420 próstata e 390 de mama.

Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as regiões, totalizando 72 mil casos novos estimados a cada ano no triênio fixado no Brasil – atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Já entre as mulheres, o câncer de mama é o segundo mais incidente (atrás apenas do câncer de pele não melanoma), com 74 mil casos novos previstos por ano até 2025.

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(Jornal Midiamax)

Câncer

De acordo com o Ministério da Saúde, câncer é o nome dado a um conjunto de mais de 100 doenças que têm em comum o crescimento desordenado de células que invadem tecidos e órgãos. Dividindo-se rapidamente, essas células tendem a ser muito agressivas e incontroláveis, determinando a formação de tumores, que podem espalhar-se para outras regiões do corpo.

A doença surge a partir de uma mutação genética, ou seja, de uma alteração no DNA da célula, que passa a receber instruções erradas para suas atividades. Quando os casos começam em tecidos epiteliais, como pele ou mucosas, são denominados carcinomas. Se o ponto de partida são os tecidos conjuntivos, como osso, músculo ou cartilagem, são chamados sarcomas.

O câncer não tem uma causa única. Há, segundo a pasta, diversas causas externas (presentes no meio ambiente) e internas (como hormônios, condições imunológicas e mutações genéticas), sendo que entre 80% e 90% dos casos estão associados a causas externas. Mudanças provocadas no meio ambiente pelo próprio homem, hábitos e estilo de vida podem aumentar o risco.

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Quimioterapia é um dos tratamentos do câncer (Freepik)

Estratégias

A coordenadora de e Vigilância (Conprev) do INCA, Liz Maria de Almeida, disse que a entrega da Estimativa à sociedade é momento também para se pensar estratégias mais amplas de combate ao câncer.

“Hoje, por exemplo, quando a gente diz ‘olha, nós temos que combater o sedentarismo', precisamos avaliar se as pessoas têm locais em sua região para caminhar, para andar de bicicleta ou para fazer qualquer outro tipo de exercício; se a gente está falando do combater a obesidade, tem que ver como estamos discutindo com as populações locais os padrões de alimentação”, exemplificou a coordenadora.

Por isso mesmo, para Marianna Cancela, chefe da Divisão de Vigilância e Análise de Situação da Conprev, é preciso entender a doença para combatê-la. “O primeiro passo para combater a doença é conhecê-la: saber onde, quando, como e quem ela acomete para que as ações de controle possam ser planejadas”, disse.