Com obra de R$ 30 milhões, Hotel Campo Grande terá restaurante e ‘café famoso’
Obras dependem apenas de escritura e licença municipais para reformas. Expectativa é que transferência de propriedade ocorra até segunda
Guilherme Cavalcante –
Notícias mais buscadas agora. Saiba mais
O que parecia improvável está prestes a acontecer: o prédio do antigo Hotel Campo Grande está próximo a mudar de dono, além de possivelmente por fim a um inventário que se estende por quase três décadas e ainda promover a ocupação do Centro da cidade após a restauração da estrutura para tornar-se um… hotel.
Quem adiantou as novidades foi o empresário Wagner Marcelo Monteiro Borges, que há 5 anos reside na Cidade Morena, mas que já atua no Estado há 12. Ao Jornal Midiamax, Borges detalhou investimentos e em que pé está a negociação do prédio, vendido por R$ 15 milhões pelos herdeiros de seu antigo proprietário, o empresário José Candido de Paula.
“Já recebemos a autorização judicial e, provavelmente até segunda-feira (21), vai ser passada a escritura. Saindo essa documentação a gente já começa a agilizar. Já foram feitos vários orçamentos, já antecipamos tudo isso, já contratamos arquiteta. Só vai precisar mesmo das licenças para a reforma, mas a Prefeitura está bem sensível para isso. Estamos recebendo total apoio”, detalhou o empresário.
Segundo ele, a expectativa é que sejam investidos 30 milhões na recuperação da estrutura que voltará a ser um hotel. Só o nome do empreendimento é que está em análise. Isso porque, segundo Wagner Borges, os antigos proprietários não pagaram as taxas para manter o direito de utilização do nome.
“A gente até pretende usar Hotel Campo Grande, mas já tem um hotel utilizando esse nome na Calógeras [antigo Hotel Advanced, em frente ao Alemão Conveniência]. Não sabemos ainda por conta dessa questão, mas seria o ideal. Porém, temos o nome Slavieiro, que é uma rede muito bem conceituada. Seremos o padrão deles”, explica.
Café famoso e restaurante de peso
Nem só de hotelaria, porém, viverá a estrutura imponente que se destaca na Rua 13 de Maio. “Nossa ideia é que tenham algumas lojas-âncora, para atrair mais clientes além do hotel. Estamos fechando contrato, ainda, e não vou citar nomes, mas estamos negociando contrato com um café muito famoso. Também teremos um restaurante de peso para começar a movimentar isso”, explica.
Com isso, Borges espera também uma movimentação no entorno, tal qual o Centro de Campo Grande precisa.
O antigo Hotel Campo Grande, a propósito, foi alvo de imbróglio polêmico quando, em 2018, a Prefeitura de Campo Grande demonstrou intenção de inscrever a obra num edital de revitalização federal, transformando-o em moradia, no Condomínio Menino do Mato. Contudo, sem apoio popular e dos empresários do Centro, o projeto não foi para frente.
Mas, porque um investimento que pode se aproximar dos R$ 50 milhões, contando a posse do imóvel à sua reforma? Wagner Borges diz que os estudos apontam para um aumento de fluxo de pessoas por Campo Grande, sobretudo devido a grandes investimentos em cidades próximas – o que fará da hotelaria um ramo promissor.
“Se você pensar que aqui do lado, em Ribas do Rio Pardo, teremos a Suzano, numa cidade na qual não há muita infraestrutura, teremos um fluxo muito grande também de pessoas de lá para cá. A mesma coisa ocorrerá com Inocência depois que o grupo chileno instalar a fábrica, também. Tudo vai cair em Campo Grande. No futuro, teremos um fluxo muito maior de gente. E a cidade está crescendo, também. Fizemos um trabalho bem feito e temos estudo para esse ramo. Vamos fazer algo que Campo Grande merece”, conclui.
Hotel das estrelas, espólio de 27 anos
Com atividades encerradas em 2001, cinco anos após o falecimento do proprietário, o prédio imponente na Rua 13 de Maio foi alvo de longas especulações, até o espólio no qual estava inserido tornar-se uma incógnita e arrastar-se por 27 anos. Agora, aproxima-se de seu fim.
O imóvel que hospedou celebridades e figuras importantes terá novo dono, o empresário Wagner Marcelo Monteiro Borges, conforme manifestação no espólio, em negociações que tiveram início em dezembro do ano passado – referente à aquisição do prédio e de um terreno de 480 m² contíguo ao Edifício.
Parte do dinheiro será usado para pagamento de dívidas do espólio. Só de tributos municipais do Hotel Campo Grande são R$ 3,1 milhões e de tributos federais mais R$ 6 milhões, totalizando R$ 9,1 milhões. Já a corretagem da venda do Hotel Campo Grande, de 5%, equivale a R$ 750 mil.
Na época em que ingressou na ação como parte interessada, o empresário Wagner Borges enfrentou problemas. Isso porque a Justiça determinou que os R$ 15 milhões referentes à compra fossem depositados integralmente em juízo, como é feito em casos semelhantes.
A decisão foi questionada, já que os herdeiros têm feito a quitação gradual da dívida à União e pediram baixa dos débitos municipais prescritos para que sejam pagos em um segundo momento.
Notícias mais lidas agora
- ‘Tenho como provar’: nora vem a público e escreve carta aberta para sogra excluída de casamento em MS
- Adolescente é encontrada em estado de choque após ser agredida com socos e mordidas e pais são presos
- Homem incendeia casa com duas crianças dentro por disputa de terreno em MS: ‘Vou matar vocês’
- Mais água? Inmet renova alerta para chuvas de 100 milímetros em Mato Grosso do Sul
Últimas Notícias
Funcionário do Detran morre em hospital após acidente entre motos
Acidente foi entre duas motos, uma moto BMW e uma Honda Biz
PF realiza operação contra crimes de abuso sexual infantil em Campo Grande
Mandado de busca e apreensão foi cumprido em Campo Grande
Orçamento terá bloqueio em torno de R$ 5 bilhões, diz ministro
Número foi passado pela Casa Civil na reunião da Junta de Execução Orçamentária
Internacional vence o Vasco em São Januário e chega a 15 jogos de invencibilidade no Brasileiro
Vasco voltou a perder diante do seu torcedor em São Januário
Newsletter
Inscreva-se e receba em primeira mão os principais conteúdos do Brasil e do mundo.