Com missa às 15h, Arquidiocese espera 30 mil fiéis em celebração do Corpus Christi

Celebração de Corpus Christi incluiu confecção de tapete de 1,7 km pelo Centro de Campo Grande; famílias e quem foi ao local trabalhar frisam importância da fé

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Fiéis buscavam lugares para acompanhar Missa de Corpus Christi na Praça do Rádio. (Thalya Godoy/Jornal Midiamax)
Praça do Rádio Clube (Thalya Godoy/Jornal Midiamax)

Com início marcado para às 15h, a missa em celebração ao Corpus Christi, na Praça do Rádio Clube, no Centro da Capital, já conta com movimentação de fiéis. A expectativa da Arquidiocese de Campo Grande é de reunir cerca de 30 mil pessoas no evento, que será comandado pelo arcebispo metropolitano Dom Dimas Lara Barbosa.

A celebração é sucedida pela tradicional procissão, marcada para as 17h, sobre o tapete confeccionado pelos integrantes das mais de 300 comunidades e 47 paróquias de Campo Grande, atraiu famílias para, se não integrar o evento como um todo, ao menos contemplar o trabalho. Fruto da devoção dos católicos da cidade, o tapete se estendeu por 1,7 quilômetro pelo Centro.

“O Corpus Christi celebra o Corpo de Cristo, a entrada de Jesus em Jerusalém. Por isso os tapetes, onde o povo prepara a estrada para Jesus Cristo passar”, resumiu o padre Vander Casemiro, coordenador pastoral da Arquidiocese.

Concentração para o Corpus Christi começou às 5h30

A manifestação de fé dos católicos começou por volta das 5h30, quando fiéis começaram a montar os tapetes coloridos ao longo do trajeto. Dessa forma, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, o caminho começou e se estendeu por 1,7 km –do cruzamento com a Avenida Calógeras até o da Rua 13 de Maio, de onde seguiu até a Avenida Afonso Pena e, por esta via, até a Praça do Rádio.

A procissão, após a missa comandada por Dom Dimas, seguiria em sentido oposto às 17h, duas horas depois do início da celebração. Segundo Casemiro, entre 30 mil pessoas acompanhariam o evento –fosse a missa, a procissão ou o show de encerramento com Missionário Shalom.

O tapete atraiu olhares ao longo desta quinta-feira. Assim, Aline Martins, que afirma comparecer todos os domingos às missas da Paróquia São João Bosco, foi com a filha de 3 anos horas antes do início.

“É a primeira vez que venho na Missa de Corpus Christi. Disseram que sempre enche muito e quis garantir o lugar”, disse. Segundo ela, faltou apenas o marido, que precisou trabalhar.

Tapete de Corpus Christi coloriu trecho da Avenida Afonso Pena. (Thalya Godoy/Jornal Midiamax)
Tapete de Corpus Christi coloriu trecho da Avenida Afonso Pena. (Thalya Godoy/Jornal Midiamax)

Acompanhada do marido e dos 2 filhos, Michely Urbanim Rover disse que passava pela Afonso Pena quando decidiu parar e mostrar o gesto de fé para as crianças –por serem pequenas, ela revelou que ainda teme participar de grandes aglomerações.

“Ficamos muito tempo fechados na pandemia. Mas a gente tem de ensinar os filhos”, destacou ela, frequentadora do Santuário de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro.

Fé de quem trabalha no feriado

Até quem foi ao evento para trabalhar destacou a importância de também exercitar a fé. Vendedor ambulante, Flávio Renato Alves Soares saiu de casa, na Vila Piratininga com carregamento de algodão-doce, maçã do amor e pipoca e a esperança de faturar 2 vezes mais do que vende normalmente. “É a minha profissão, mas a intenção não é só lucrar. Tem de participar do evento, também”.

A fim de evitar inconvenientes, fiscais da Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana) orientaram os ambulantes sobre onde deveriam se concentrar, a fim de não atrapalhar o fluxo dos fiéis. Não houve dificuldades em alertar os trabalhadores –não sendo efetuadas, assim, apreensões.

Conteúdos relacionados

água