A cidade de , a 323 quilômetros de Campo Grande, ainda contabiliza os estragos causados pela chuva nos últimos dias. Nesta sexta-feira (3), as aulas de escolas rurais foram suspensas pela má condição das estradas vicinais.

Cerca de 20 famílias ribeirinhas foram retiradas de casa pelo volume e enchente do rio Apa, que continua em nível alto. Segundo o prefeito, Reinaldo Miranda Benites (PSDB), os moradores foram acomodados na Casa do Atleta e outros preferiram casa de parentes.

“Estamos fazendo o levantamento [do total de prejuízo], mas ainda não tem como pontuar porque não para de chover. Só ontem foram 140 mm, está tudo encharcado. As estradas, no dito popular, um caos. Tivemos que suspender as aulas de escolas rurais e de assentamento porque não tem como o ônibus escolar transitar”.

O rio segue em monitoramento da Defesa Civil, o excesso de chuvas fez a aferição dos últimos 30 dias chegar aos 385 mm, e a dos últimos 60 marcar 678 mm acumulados, conforme o (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima).

Outras cidades também decretaram situação de emergência, como , , Amambai e Porto Murtinho. “A cidade sofreu uma precipitação pluviométrica de 308 mm, nunca vista na história do município”.

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Casas foram atingidas por enchente em Ponta Porã (Foto: Prefeitura Municipal)

Em Ponta Porã, cerca de 30 famílias ficaram desabrigadas por alagamento, principalmente em comunidades mais carentes. “A trouxe muito estrago que com recursos próprios não tem condições de enfrentar a resolução desses problemas”, disse o prefeito Eduardo Campos (PSDB).

O municípios vêm registrando alto volume de chuva desde o início de fevereiro. No dia 17, houve alagamentos de diversas ruas e avenidas, queda de árvores, destruição de asfalto e residências e até arrastou carro.

No cruzamento das ruas Benjamin Constant e Porto Alegre, entre a Vila Áurea e o bairro Ponta Porã I, o Corpo de resgatou moradores que ficaram ilhados com a água do córrego João Mirim com auxílio de cordas.

Turismo prejudicado

Cidade ponto turístico do Estado, Bonito também decretou situação de emergência na tarde de quinta-feira (3), pelo excesso de chuva entre janeiro e fevereiro. Segundo relatório da Defesa Civil Municipal, no acumulado dos dois meses já foram registrados 729,5 mm de chuva, superando em 121% a média histórica deste período, de 329 mm.

Os maiores danos foram causados em área rural, como erosões em estradas vicinais, abertura de dolinas, carreamento de sedimentos e assoreamento nos Rios Formoso, Mimoso, Anhumas/Formosinho e seus afluentes. Rios saíram dos leitos, provocando danos ao imóveis, principalmente em atrativos turísticos, um exemplo foi o caso do Parque das Cachoeiras, onde o Mimoso fragilizou pontes e houve a interdição temporária de estradas vicinais.

No Distrito Águas do Miranda e na região do Loteamento do Noé, Volta Grande e Córrego da Onça, que ficam a 70 km do núcleo urbano, houve cheia do Rio Miranda, que atingiu mais de 9,5m acima do leito na terça-feira (28), deixando 10 famílias desabrigadas e 29 famílias desalojadas, além de 20 famílias ilhadas no Loteamento do Noé.

“O documento destaca os danos causados em atrativos, bem como o tempo em que estão fechados, deixando de gerar receita, tanto para os proprietários quanto para o município, como no Balneário Municipal, que segue fechado e sem previsão de reabertura devido ao nível do rio”.