Com aumento de confirmações na fronteira, MS tem recorde em casos de chikungunya

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti

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Hospitais paraguaios estão lotados (Foto: Reprodução/Ultima Hora)

Mato Grosso do Sul tem 4.724 casos prováveis de chikungunya em 2023. O volume é o maior da série histórica anual do Estado, iniciada em 2014. Para se ter ideia, durante todo o ano de 2022, foram 608 casos prováveis da doença em MS, segundo dados da SES (Secretaria Estadual de Saúde).

Assim como a dengue e a zika, a chikungunya também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. A alta no número de casos em Mato Grosso do Sul chegou a impactar a média nacional, com aumento de 110%, passando de 16.971 para 35.569 casos prováveis no país, entre janeiro e março.

Entre os casos confirmados este ano em Mato Grosso do Sul, são 863 positivos e duas vítimas fatais, sendo dois homens, de 70 e 43 anos, respectivamente. A doença também foi confirmada em 24 gestantes.

Aumento de casos na região de fronteira

Os casos de Mato Grosso do Sul se concentram nas regiões de fronteira, sendo Ponta Porã o principal município com 544 confirmações. Em Maracaju são outros 90 casos confirmados, em Bela Vista são 33, Paranhos são 27, Dourados 23 e Amambai 13.

A Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso do Sul afirma que o aumento de número de casos de chikungunya ocorre devido à epidemia da doença no Paraguai e a circulação do vírus sendo transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Também segue fazendo o monitoramento e a vigilância em todo o Estado.

Apenas nove cidade do Estado apresentam alta incidência para a doença, sendo Maracaju, Brasilândia, Coronel Sapucaia, Costa Rica, Ponta Porã, Mundo Novo, Cassilândia, Paranhos e Sete Quedas. Destas, seis estão próximo à fronteira com o Paraguai e três na divisa com São Paulo.

Diagnóstico e prevenção da chikungunya

De acordo com o Ministério da Saúde, a doença é caracterizada por sintomas como febre alta de início repentino e dores intensas nas articulações. Apesar das semelhanças nos sintomas, a principal diferença entre a dengue e a chikungunya é a dor nas articulações, muito mais intensa na chikungunya, afetando principalmente pés e mãos, geralmente nos tornozelos e pulsos.

O diagnóstico da chikungunya deve ser feito por um médico e pode ser confirmado por exames laboratoriais específicos. Todos os exames estão disponíveis no SUS (Sistema Único de Saúde). Como a doença é transmitida por mosquitos, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros nas casas e na vizinhança.

O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas. Até o momento, não há tratamento antiviral específico para a doença. Hidratação e repouso são medidas essenciais para a recuperação. Os sintomas, em geral, desaparecem após a fase aguda da doença, no entanto, em alguns casos, as dores nas articulações podem persistir por meses e até anos. Nesses casos, o paciente deve voltar à unidade de saúde para avaliação médica e evitar a automedicação.

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