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Cotidiano

Com 1,6 mil animais diagnosticados em 2022, campanha reforça prevenção à Leishmaniose

Somente no bairro Jardim Noroeste, 25% da população canina foi diagnosticada com Leishmaniose
Lethycia Anjos, Ari Theodoro -
‘Campo Grande é o Bicho’
Animais receberam vacinas durante a ação (Foto: Kisiê Ainõa, Midiamax)

Com o objetivo de promover a conscientização e prevenir casos de , Campo Grande realiza neste sábado (12) a quinta edição da campanha ‘Campo Grande é o Bicho’. A ação também faz parte do ‘Agosto Verde Claro’, um mês dedicado à prevenção e combate à Leishmaniose.

O evento é realizado até às 12 horas na praça em frente ao (Centro de Referência de Assistência Social) no bairro Noroeste. Diversos serviços são oferecidos à população, desde exames até orientações:

  • Exame para Leishmaniose – DPP;
  • Microchipagem de cães e gatos;
  • Cadastro para castração de cães;
  • Vacina V10 em cães;
  • Orientação veterinária;
  • Recebimento de denúncias;
  • Orientações sobre animais peçonhentos.

Cláudia Macedo, médica veterinária e coordenadora do CCZ (Centro De Controle De Zoonoses), destaca que, somente na região do bairro Noroeste, 25% da população canina foi diagnosticada com Leishmaniose.

“Na região dos bairros Caiobá e Tijuca, o percentual de cães infectados com leishmaniose chega a 27%. Isso representa riscos não só para os animais, mas também para a saúde da população; por isso, é necessário o envolvimento de todos”, explica.

Campo Grande está situada em uma região endêmica para a leishmaniose visceral, que afeta tanto seres humanos quanto cães. De acordo com dados do CCZ, em 2022 foram contabilizados 1.670 animais infectados pela doença.

Kelly Costa, gestora pública, já resgatou seis animais de rua em estado de abandono. Ao saber do evento, decidiu levar seus cães para fazer a microchipagem.

“Campo Grande possui inúmeros animais de rua, mas acredito que esse problema pode ser solucionado com a castração, controlando assim o número de cães abandonados. É fundamental conscientizar a população e agir como se fôssemos pais desses animais”, comenta.

Sandro Benites, secretário municipal de saúde, enfatiza a importância de investir em ações de prevenção da doença, uma vez que é um problema de saúde pública.

O evento faz parte das comemorações do aniversário de 124 anos de Campo Grande e inclui atividades voltadas para as crianças, como pintura facial e pula-pula.

‘Campo Grande é o Bicho'
Campanha ‘Campo Grande é o Bicho’ (Foto: Kisiê Ainõa, Midiamax)

O que é a Leishmaniose?

A leishmaniose é uma doença causada por parasitas do gênero Leishmania, transmitida a animais e humanos pela picada de mosquitos infectados, conhecidos como flebotomíneos, popularmente chamados de mosquitos-palha ou biriguis.

Embora os cães sejam os principais hospedeiros da Leishmaniose no , gatos e humanos também podem ser infectados pelo protozoário Leishmania infantum chagasi.

Segundo a SES (Secretaria de Estado de Saúde), a transmissão da doença ocorre apenas através da picada do infectado e não pelo contato direto com animais ou pessoas doentes.

Camile Sanches Silva, gerente estadual de Zoonoses da SES, destaca que a campanha ‘Agosto Verde Claro’ tem o objetivo de mostrar que ações simples, como manter o quintal limpo e levar regularmente os animais de estimação ao veterinário, podem reduzir o risco de transmissão.

“É importante manter o ambiente limpo e os animais saudáveis, evitando assim a disseminação da doença, além de prevenir que os animais sejam estigmatizados e abandonados devido à leishmaniose”, afirma Camile.

Sintomas

Sintomas em humanos:

– Febre e inchaço;
– Falta de apetite;
– Fraqueza;
– Cansaço.

Sintomas em animais:

– Apatia;
– Emagrecimento;
– Lesões na pele – especialmente na face e orelhas;
– Crescimento excessivo das unhas;
– Falta de apetite;
– Febre.

Dicas

Para afastar o mosquito-palha de sua residência e prevenir a doença, a SES recomenda seguir algumas orientações:

– Elimine materiais orgânicos e evite o acúmulo de umidade em quintais;
– Use coleiras repelentes (Deltametrina 4%) nos cães;
– Não permita que os cães circulem soltos na rua. Passeios devem ser feitos com coleira, sob supervisão do tutor;
– Leve seu animal para consultas regulares ao veterinário;
– Instale telas de malha fina em portas e janelas, tanto na residência quanto nos canis individuais ou coletivos;
– Utilize medidas de proteção individual, como repelentes.

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